quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ATÉ ÀS CINZAS







Na fluidez dos gestos mais simples
pode renascer um certo fulgor
no brilho silvestre dos relâmpagos

Na memória tatuada
onde pastamos com os animais
um rumor de plantas

as línguas mergulham na saliva
consomem-se em cânticos
até às cinzas



 

33 comentários:

deep disse...

Há gestos simples que causam grandes tempestades dentro de nós. :)

Gostei. Bom resto de semana.

Bandys disse...

Lindo poema, adorei!

beijos

Fê blue bird disse...

O seu poema lembra-me uma fénix renascida das cinzas.

Cantemos!

beijinho

Ana Tapadas disse...

Assim será! Que o seu poema seja nosso lema.

bjs

Anónimo disse...

Pastamos muito até chegar a sabedoria dos gestos simples...

Sempre belo, querido.

Beijo.

Lilá(s) disse...

Como algo tão simples é tão belo!
Bjs

Rogério G.V. Pereira disse...

Cantemos

Na fluidez dos gestos

Suzete Brainer disse...

Os gestos genuínos

transcendem

o tempo

as esperas

as palavras

e renascem das cinzas...

Poema tão belo e acompanhado

por uma imagem perfeita!

Bj.

Sónia M. disse...

Que a simplicidade dos gestos
percorra os dias,
até às cinzas.

Belíssimo!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

cantemos na fluidez
e na morrinha das cinzas...

:)

trepadeira disse...

Que os relâmpagos tragam raios.

Abraço,

mário

Manuel Veiga disse...

poema despojado. como o rumor das plantas no interior das escarpas...

(ou mel silvestre nos lábios - depois do cântico)

abraço, Poeta maior

Janita disse...

Não fossem as línguas mergulharem na saliva e consumirem-se em cânticos de louvor; eu diria que na pastagem, já fazemos todos parte da mesma manada.
Ordeira e conformadamente calada.
Que venham raios e coriscos com relâmpagos a rasgar o céu!
Talvez renasçam novos fulgores e fiquem em cinzas os desanimados torpores! Precisamos de novos cânticos...

Um beijo com apreço!

janita

Laura Santos disse...

As línguas consomem-se até às cinzas, ou seja, até que tudo arda.
Belíssimo poema.
xx

Branca disse...

Muito bom e pleno de vida, como sempre.

Beijos

Olinda Melo disse...


O renascimento a partir das cinzas poderá mostrar a força do querer. Não precisando de grandes rasgos, mas sim de porfiados gestos que façam a diferença.

A imagem é belíssima!

Abraço

Olinda

Marta Vinhais disse...

Os gestos mais simples, por vezes ignorados e desprezados...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Elvira Carvalho disse...

A memória dos tempos perpassa por nós como vendaval que revolve as cinzas. Será que somos capazes de renascer?
Um abraço e bom fim de semana

Isa Lisboa disse...

Vim agradecer as suas visitas e comentários no meu cantinho e, ao ler os seus poemas, decidi apontar a sua morada, para voltar cá mais vezes! :)
Gostei deste mar!
Um abraço

Teresa Poças disse...

Belíssimo poema! É incrível como deixamos as nossas línguas ficarem em cinzas... Mas parece que elas nunca aprendem o quanto custa ficar queimado
Obrigada por comentar o meu blog! Poucas pessoas o fazem e é sempre um incentivo para eu continuar a escrever!

Isabel disse...

Porque algo do amor permanece...

Bom fim-de-semana!

mariam [Maria Martins] disse...

Grande! E belo.
Poeta, beijinhos :)
mariam

Alexandre de Castro disse...

O deserto da memória levar-nos-á à cegueira coletiva.

vida entre margens disse...

Reconheço-lhe essa grandeza...de dizer tanto, em poucas palavras...

Grande poema!!!

Abraço e bom Domingo!!

Lídia Borges disse...


Como poderia ser de outro modo?

Até às cinzas, os cânticos!


Um beijo

Tétisq disse...

A memória é criativa, nasce muita coisa na memória ...

Armando Sena disse...

Mas no brilho da lua haverá sempre um alento.

DM disse...

Apascentemos
o rumor da seiva
até às cinzas

Teresa Almeida disse...

Está lá tudo: a fluidez, o fulgor e o brilho do verso!
Beijo.

ana disse...

Gostei muito deste cântico.
Boa noite!:))

OUTONO disse...

O belo...sempre presente!

Abraço!

jrd disse...

Incandescente a poesia solta-se e canta até ao fim.
Abraço Irmão


(Os meus comentários não entram)

RD disse...

Este poema foi lido no projecto InVersos! Poderão encontrar o vídeo em:

http://inversos.pt.vu