A minha escarpa tem um postigo
com vistas para o mar
araucárias desgrenhadas
salivas e trovas silvestres
em desmaio nas areias
A minha escarpa tem um postigo
donde não se veem os céus
miríade de sentidos
mais longe o olhar errante
se torna flor e tempestade
Quando sopro estas pétalas
amados os rumores da água
desponto neste chão
pego-te ao colo
beijo-te os olhos
contra o vento que faz