quarta-feira, 28 de setembro de 2016
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
NÃO SE AJOELHAM OS BARCOS
No largo da minha rua
lá onde a lonjura
desponta torvelinhos
à flor das águas
resistem maduras
"as vinhas da ira"
agigantam-se a dardejar
memórias de ventos e relâmpagos
No largo da minha rua
chove na boca das sementes
não se ajoelham os barcos
Eufrázio Filipe
2914 . presos a um sopro de vento .- poética edições
lá onde a lonjura
desponta torvelinhos
à flor das águas
resistem maduras
"as vinhas da ira"
agigantam-se a dardejar
memórias de ventos e relâmpagos
No largo da minha rua
chove na boca das sementes
não se ajoelham os barcos
Eufrázio Filipe
2914 . presos a um sopro de vento .- poética edições
sábado, 10 de setembro de 2016
NO PRINCÍPIO DOS PÁSSAROS
ALBINO MOURA - poeta das formas
Nunca foi importante
salvar o mundo
construir poemas
com palavras ininteligíveis
saber se és vento
barco relâmpago
mulher incerta
metáfora
escarpa
ou flor de estação
importante é quando passas
corpo de seara
sem magoar os cravos
e dulcíssima te desfolhas
Sempre me apaixonei
por esta desordem de cores
quando passas
não pelos teus passos
mas pela sua leveza
como no princípio dos pássaros
Eufrázio Filipe
domingo, 4 de setembro de 2016
TODAS AS ÁGUAS SE FAZEM AO MAR
Sabiam quase tudo pelos dedos
o brilho nos olhos dos peixes
o fulgor das marés vivas
milagres fáceis de explicar
passo a passo
resgatavam palavras
instrumentos de prazer
sábios falavam por gestos
mãos nos ouvidos
a ouvir
o som dos búzios
só não sabiam
que todas as águas
se fazem ao mar
Eufrázio Filipe
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