sábado, 28 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
GUARDA-RIOS
Livres
na placidez exuberante
livres
nas margens de tudo
sequestrados no paraíso
por relâmpagos
que nunca mais chegam
agitam inocentes
águas doces
em busca de uma luz
na sombra das pontes
quedam-se nos apeadeiros do rio
sussurram aladas
lágrimas correntes
num choro compulsivo
Nas margens de tudo
há um barco
que rema
os seus olhos
domingo, 15 de setembro de 2013
NO PULMÃO DAS MARÉS
Neste porto desobrigado de fronteiras
e outros céus
vem à tona a energia imperecível
dos desertos
o perfil escarpado da luz
fragmentos de círculo
Nesta apoteose de neblinas
defino a brancura do teu corpo
de pátria movediça
como um prado onde refulgem
transfigurações de barcos
rumores de outros mares
Amo esta janela com vista para o vento
onde é possível ser eterno
por um instante
povoar o silêncio errante das metáforas
e viver apaixonado
no pulmão das marés
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
terça-feira, 3 de setembro de 2013
NOS LÁBIOS DA AREIA
desenho de ÁLVARO CUNHAL
Ao entardecer
um bando de pássaros
desenhou
na palma das nossas mãos
uma vida inteira
e tudo parecia
mais azul que os céus
No seu linguajar
mais alto que o voo
duas linhas paralelas aconteceram
prolongadas paralelas
que se encontram
aonde os olhos não mentem
Ao fim da tarde
tudo é mais claro
até a noite cheia
nos lábios da areia
Subscrever:
Mensagens (Atom)