domingo, 26 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
UM DEUS ENTRISTECIDO
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
ONDE ESTÁS A PRETO E BRANCO ?
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
POEMAS NO REGAÇO
A noite doía
de tantos passos em claro
o rio estava cansado
de tantas águas deitadas ao mar
mas foi neste leito
síntese de todas as cores
que quisemos habitar
infinitos
musicais
quase eternos
por um instante
Quando tentei explicar
o trajecto do rio
molhei o indicador nos teus lábios
tracei na parede do quarto
uma coisa linda
do ventre até à foz
e uma pétala solta
se tornou asa
contra o sossego dos pássaros
Só então compreendi
porque foste tu
a única a desaguar
com poemas no regaço
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
CAÇADOR DE RELÂMPAGOS (contos)
Joaquim Letria (jornalista e professor)Alfredo Monteiro (Presidente da Câmara M.do Seixal)Eufrázio Filipe (autor) Maria Amélia de Carvalho (mel de carvalho - socióloga e poeta) António Baptista (editora Âncora)
A apresentação pública do meu "Caçador de Relâmpagos" foi um encontro de amigos.
Grato aos presentes e a tantos que se manifestaram com beijos e abraços.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
SOLTAR OS PÁSSAROS
Pensei no pobre limoeiro a afundar-se
lá onde nidificam toupeiras
ao entardecer
na estrela persistente
que viceja à noite no portão
nos olhos claros de um certo azul
que ilumina a casa
no desfolhar ensombrecido
das roseiras
Vasculhei tudo
invadi searas proíbidas
até ao mais íntimo da pele
pó, sombras, sonhos
Perguntei-te - quando desaguas ?
e tu desaguaste à janela
a marejar entristecida
e eu não sabia porquê
Foi quando os cães se levantaram
para soltar os pássaros
terça-feira, 23 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
NATO - OS PREDADORES FUNDIDOS?
Por cá tudo bem - a avaliar como de modo próprio considero a "histórica" cimeira - com factos políticos da "máxima importância"
para a projecção internacional do nosso país - neste desconcerto de nações.
Verifiquei como alguns protagonistas se assumiram - tartufos, indecorosos e vassalos - almas penadas.
Eis alguns exemplos
Cavaco de mãos pedintes estendidas a Obama
Sócrates em corridinhas atrás de Obama
A filha do ministro na foto com Obama
A frustação da polícia por não ter de intervir
A tendência da Nato para um dia se declarar organização de caridade
O material bélico comprado sem concurso que não chegou a tempo da cimeira
O reforço da GNR no Afeganistão
A coleira de cortiça para o cão de Obama
A Europa ajoelhada
Os predadores fundidos
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
BARCO DE REMAR
terça-feira, 9 de novembro de 2010
DESLAÇAS-TE
Nas paredes mais navegáveis da casa
os teus retratos a preto e branco
com muitas cores
soltos de margens
são meandros vertebrados
onde cantas silêncios
em campânulas de sons
ateias relâmpagos por entre vagas
desmandas sílaba a sílaba
remoçada de lábios
o esconderijo das palavras
Quase silvestre e maternal
dedilhas fios de linho
no tear onde te oiço
sussurrar claridades
passos remos e passos
Nas paredes mais navegáveis
navego-te os timbres
até à fímbria de um sopro
onde emerges em flor
nos meus olhos
Deslaças-te
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
COMO TE VEJO
sábado, 30 de outubro de 2010
A SEREIA
Já a idade das sombras era massacre quando o arquipélago se precipitou nas águas. Só os cavalos salgados de ventos e marés percorriam caminhos alados. Palavras infinitas na boca dos naufragos.
- Há inscrições?
De novo o cretino se levantou ergueu o braço direito para exalar o perfume preferido no seu sovaco. A esmeralda do seu botão de punho - e foi assim tartufo que solicitou à mesa ;
- Proponho que tudo seja aprovado por aclamação.
Após a anuência do chefe a evolução na continuídade estava aprovada com uma saraivada de palmas que só foi interrompida pela doce e profunda voz de uma sereia autêntica - que trespassando as paredes do auditório - proclamou:
- Estais condenados. Estas ilhas estão rodeadas de sonhos.
sábado, 23 de outubro de 2010
O PÃO CRESCEU NAS NOSSAS BOCAS
domingo, 17 de outubro de 2010
FLORES DE ESPUMA
Um círculo de garças
Nesta ilha sem vista para o mar
navegam águas improváveis
faúlhas num incêndio
de partículas sitiadas
Aqui paira o aroma da cânfora
em ressonâncias quase divinas
pousam lábios em cálices de cicuta
O mar não é sempre azul
e talvez por isso se agite
nos mapas imaginários
rasgue caminhos
para não se perderem os náufragos
Nesta ilha de bálsamos
onde os destinos se desmentem
afagamos ruínas soltamos hinos
por sobre a memória das pedras
damos voz aos silêncios
até que as garças
se tornem brancas e esguias
como flores de espuma
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
NA PASSAGEM
Abro o pano
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
100 ANOS DE REPÚBLICAS
No seu "reinado" o ditador Salazar chegou a tentar o regresso à monarquia, pelo que os festejos dos 100 anos de repúblicas acontecem no país de modos distintos - conforme o povo e os "barões assinalados".
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
ROSA FOLHEADA
terça-feira, 21 de setembro de 2010
VENTO DESGRENHADO
terça-feira, 14 de setembro de 2010
CLARIDADES
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
AS PRIMEIRAS CHUVAS
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
BREVE SEARA
terça-feira, 31 de agosto de 2010
OBAMA UM POLIÉDRICO COM MANSAS PALAVRAS
Muita e boa gente acreditou por bem num Obama messiânico, como se fosse possível o polvo da economia predadora consentir no poder um reformador universal em favor dos explorados que vivem desgraçados nos subúrbios da vida.
Obama vai anunciar ao mundo o fim da guerra do Iraque onde os seus soldados permanecerão pelo menos até 2011 e os muitos milhares de inocentes mortos eternamente.
Obama só não é mártir porque serve o sistema que o mantem vivo.
Na minha modesta opinião os indivíduos mais perigosos no poder são os que parecem anjos com palavras mansas - poliédricos.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
SIM SENHORA MINISTRA
terça-feira, 17 de agosto de 2010
FLORES DO DESERTO
terça-feira, 10 de agosto de 2010
OS TERNOS OLHOS DOS CÃES
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
LUZ DE SOMBRAS
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
SEARAS
domingo, 18 de julho de 2010
A SENHORA DA LIMPEZA
segunda-feira, 12 de julho de 2010
MURAIS
quinta-feira, 8 de julho de 2010
DESFOLHADA
quarta-feira, 30 de junho de 2010
NO OUTRO LADO DO SILÊNCIO
mas o Verão é apenas sol
a queimar o que resta do pasto
tresmalhado pastor
rebanho sem memórias
um cão que dorme
à sombra do cajado
Que importa o Verão
se o teu corpo é de tempestades
e até parece que há sempre algo
que me pertence em ti
só de pensar
a pedra sobre a pedra
o verso e o anverso
Que importa o Verão
se o sol queima
e os cães ainda não acordaram
as sombras que ladram
estateladas
no outro lado do silêncio
quarta-feira, 23 de junho de 2010
PÁTRIAS REPARTIDAS
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
NO COAXAR DAS MARGENS
como se toda a água
fosse de beber às mãos cheias
e os cães
um bando de pássaros
nos teus olhos
De tão breves
acrescentámos à nudez do rio
a sombra de uma ponte
um pedaço de espelho que se olha
nesta desordem de cores
até o pão crescer nas nossas bocas
os silêncios se alimentarem de faúlhas
e nós de outras claridades
Foi quando acordámos completa mente
no coaxar das margens
sem cães nem pássaros
só com os teus olhos
domingo, 13 de junho de 2010
ÁLVARO CUNHAL
sábado, 5 de junho de 2010
NO TEU CORPO
domingo, 30 de maio de 2010
À FALA COM OS CÃES
No bulício dos silêncios
um coro a restolhar
contra o tempo que faz
despertou-me para a fala
com os cães
Acordavam em flor os jacarandás
quando fixámos os olhos
no teu ninho devoluto
e sublinhei com um dedo
molhado nos lábios
uma frase inscrita
no portão da casa
infinitésimo é o pensamento
Indiferente chegaste e partiste
fora do tempo
nas mesmas asas
deixaste um rasto trinado
que guardo no meu búzio
de mãos nos ouvidos
À fala com os cães
os pássaros públicos renovam-se
na minha escarpa
mas é preciso intervir
para evitar o suicídio
dos jacarandás
quarta-feira, 26 de maio de 2010
OS DIAS CONTADOS PELOS DEDOS
Parecia que a chuva estava cansada
de cair neste chão
muito antes de rebentar a sombra
das videiras
mas de tanto azul
no outro lado da serra
ainda há mar bastante
mais que céu
para as aves circularem livres
nas nossas mãos
Cúmplices sabíamos que a água
não caía dos teus olhos
nem dos meus
nem do rumor das fontes
nem dos céus vertiginosos
tão só
caía
Sabíamos que um dia ía chover
na escarpa onde nos despimos
sem esquinas nem becos
só não sabíamos os acordes
das maresias
para merecermos os nossos lábios
os dias contados pelos dedos
quinta-feira, 20 de maio de 2010
COMO SE FOSSEM PEDRAS
quinta-feira, 13 de maio de 2010
ADEUS À VIRGEM
Sócrates - óbvia mente - sem motivações evangélicas, não pode eximir-se à condição de carregador de recados.
Na verdade o 1º ministro - responsável por dar o rosto à prática das políticas anteriores, agora pressionado pelo sistema das grandes famílias , pia mente assumiu em nome do velho bloco central, ser campeão europeu na defesa do euro.
Estratega por conta de outrem, obediente e servidor, dá o dito por não dito, em quinze dias.
Precisa mente hoje - após o adeus à virgem - reuniu os ministros da república para ratificar as notícias da comunicação social com um acordo de cavalheiros.
Receio que Sócrates prossiga a sua cruzada, no intervalo do Portugal/ Brasil em futebol.
Sócrates e Passos Coelho sabem que o país dorme - mais profunda mente nas festas.