![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKn6VrDBHyIokr-fGIKEaDbZuMYvNdq3aOCMpaXH-wVYP1p1mEflTTjLkqqlXzFPyxsLtPvQPDN3djBh3JU2Vw6rAYIGYEZdcu5fElNtpfKJLYua5v5tpp7ZKDUu6AJ3nZhl1USOgPG9ME/s400/sombras.jpg)
Eu sei o teu rosto de areia
transportado pelo vento
um trono vazio
onde convergiam todas as utopias
por isso te ergui aos céus pelas ancas
antes de nos tornarmos invisíveis
e adormecermos como é costume
a dançar nos mais profundos silêncios
Eu sei o teu rosto litoral
esculpido como deusa
agigantar-se nas minhas bandeiras
Ainda hoje me deito nos teus retratos
e assisto ao parto das papoilas
que por instinto crescem
na palma das nossas mãos
Que bela a centelha que respira no espaço
a sombra projectada
nas paredes da casa