publicado no meu Chão de claridades
Soltei um pássaro
que me pousou no texto
mas não lhe evitei
o menear das pétalas
só mais tarde
tão tarde
que já adormeciam as palavras
ouvi espargir irrepreensíveis
metáforas
na folha de papel
soltei uma rosa
que se exala
quando a sopro para voar
mas sempre regressa
desfolhada