domingo, 27 de janeiro de 2019
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
SOLTAR OS PÁSSAROS
Os cães choravam em silêncio
e eu não sabia porquê
pensei no pobre limoeiro a afundar-se
lá onde nidificam toupeiras
ao entardecer
na estrela persistente
que viceja à noite no portão
nos olhos claros de um certo azul
que ilumina a casa
no desfolhar ensombrecido
das roseiras
vasculhei tudo
invadi searas proibidas
até ao mais íntimo da pele
pó sombras sonhos
perguntei
quando desaguas?
e tu desaguaste à janela
a marejar entristecida
e eu não sabia porquê
Foi quando os cães se levantaram
para soltar os pássaros
eufrázio filipe
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
ATEAR AS ÁGUAS
De tanto ver pátrias movediças
começo a ter saudade
das minhas verdades improváveis
pássaros pétalas e asas
a dardejar nos mastros
o tempo em arritmia
contado pelos dedos
em voz alta
esculpido nas pedras
povoado de sons
quase poema
Onde a luz se afoga
basta um sopro
na constelação dos azuis
para atear as águas
eufrázio filipe
( Chão de marés)
quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
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