Nas arestas da escarpa
aprendemos quase inocentes
a arredondar pedras
para não ferir o voo dos pássaros
caminhamos num abraço de limos
ao som das marés
e descobrimos debaixo da pele
que nos abriga
tanta luz
por desbravar
resistimos nas areias movediças
desvendamos rotas conhecidas
atiçamos relâmpagos
círios
mastros
que se levantam
eufrázio filipe
11 comentários:
Quantas dificuldades nesse caminho!
E resiliência...
Que poderiam ser os círios se não mastros que se levantam?
Abraço
Eis um poema que navega contra a corrente, em meio às adversidades!
No desvendar de novas rotas, acendemos círios às velas
para um navegar sulcando areias movediças...
Beijos, Poeta das escarpas
aprendemos
caminhamos
resistimos
atiçamos
(é sempre bom reconhecer palavras-semente
nos poemas que semeias...)
Nas arestas da vida
inventamos luzes
que nos guiam
BFS
Mais um belo poema que traz a doçura às pedras.
Um grande abraço
"caminhamos num abraço de limos
ao som das marés
e descobrimos debaixo da pele
que nos abriga
tanta luz
por desbravar"
Gosto.
Abraço e bom domingo.
Um poema para ler e reler.
Resistamos sempre!
Beijo e bom domingo.
A tua escarpa ensina-te tantas coisas… E é tão bom ler-te…
Uma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.
Arredondar pedras...
Caminhar num abraço...
Descobrir luz...
Resistir, desvendar, atiçar...
Levantar círios e mastros...
São deveres louváveis de
pássaros nobres e altruístas.
Gostei. Bj
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