Observo como se move
a água do meu rio
desprendida
sem mácula nem lágrimas
nua de tudo
passo a passo
olhos nos olhos
militante da vida
e verdades improváveis
com todo o tempo
para sonhar em voz alta
move-se lenta
esculpe caminhos
muito antes de ser mar
Um dia sonharei
um sonho seu
acordarei uma vez mais
a fazer poemas
ou quase nada
Eufrázio Filipe
2013
22 comentários:
Fazer poemas como este,
nunca quase nada, porque é tanto.
SEU RIO, NÃO SE CONFUNDE COM O MAR, PORQUE É SÓ SEU.
ACHEI LINDO TEUS ESCRITOS, AMIGO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Mas o poema aqui está... esculpido nos caminhos que descem até ao Mar...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Um poema brilhante! Amei
Beijos e uma excelente semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Fazendo poemas...muito belos!
Ser dono do tempo...quanta riqueza!
Beijo
Eu sou molécula da água do seu rio.
Sou verso do teu poema.
princesa
Excelente.
Gosto desta inspiração.
Bjs.:))
E de quase nada se encantam as margens.
Beijo
No meu rio leio o vagar das águas de hoje.
Por vezes, lembro-me delas, sem represas.
Às vezes, perto delas, escrevo uns poemas de hoje com sabor a ontem.
São outros, os teus poemas. Livres e soltos a (es)correrem dos teus olhos líquidos.
Bj, amigo
A poesia mora por aqui.
Bom dia!
É longo o caminho até o teu mar...
Belíssimo.
Bjs
Quase tudo; livre expressão de rio ou de mar...
E as águas do rio correm serenas no seu leito, sem preocupação sem correria, sem contar o tempo; feliz daquele que é capaz de deixar o relógio em casa e ficar na margem observando a tranquilidade do rio, a beleza das águas, a serenidade que ele tenta transmitir aos poucos que ousam parar, reflectir,...ficar simplesmente a admirar. Fazer poemas? Não sei...mas um simples verso tenho a certeza; é só parar...observar...admirar e mesmo acordado, sonhar. Lindo, amigo! Um rio sereno, sem quedas, sem sobressaltos; qualquer um pode entrar nele e deixar-se ir...boiando.
Um beijinho
Emilia
Um poema, um verso, uma canção, nunca são nada se tiverem uma intenção de o serem isso mesmo, um poema, um verso, uma canção!
E também dum rio se pode dizer a mesma coisa e, por isso, nós chamamos na mesma rio ao rio quando ele não leva água.
Nunca rio dum rio nem dum poema / gosto muito de rir / tenho pena / não posso ser poeta / posso apenas ser ponte
Um abraço em arco ou em rima
O Poeta imergido nas águas,
em estado de auto-contemplação rasga,
rasga o poema de cima a baixo.
como se fosse nada.
No entanto, subterrânea
à simulação das areias
escorre nele, leito de rio,
a arte da vida,
num tudo "ou quase nada".
Assim ou quase!?
Abraço.
E antes que o rio se faça mar, já se fez poesia.
Um abraço
E lendo, deslizamos por esse mundo imaginário.
Um poema notável.
ab
Quando a vida se faz rio, é uma vida cheia de tudo e a poesia navega à vela solta!
Abraço.
O rio antes de ser mar já é tanto!
Beijinhos,
Ailime
Gosto do despojamento com que as águas se movem, gosto do fluir da poesia, apreciando cada verso no seu percurso que inevitavelmente se dirige para o mar...
Um abraço!
Tão bonito!
Bj
Li seus poemas, acima desse, gostei bastante, mas deixo meu abraço nesse, achei encantador! Parabéns.
Um abraço.
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