No espelho das águas
sacudi amarras
a preguiça das marés
Não chovia
em redor dos teus olhos
mas quando te recolhi
numa folha de papel
incomensurável e linda
uma brisa
sentou-se na cadeira vazia
e nós começámos
a lavrar areias
a desbravar um poema
Estava tão aceso o mar
que nem pareciam azuis
os teus olhos
Eufrázio Filipe
(poema reconstruído)
17 comentários:
Lindíssimo este poema.
Um abraço e uma boa semana
Desbravar poemas na brisa e no mar... Poemas escritos nas memórias das marés...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Um poema desbravado assim é como um itinerário musical à volta de um olhar...
Magnífico, meu amigo!
Um beijo.
Maravilhosa a imagética linguística que se solta do poema!
:) :)
Belo poema! Gostei das metáforas...gostei do ritmo.
Parabéns pela linda construção.
Um abraço daqui do sul do Brasil!
Uma linda semana.
Fabulosa a escolha do desenho para ilustrar tão belo poema.
Quando o mar se acende no coração de quem ama, tudo muda de cor e se transforma!
Gostei muito deste desbravar de palavras poéticas, Amigo Poeta!
Um beijinho!
"a lavrar areias"
eis uma tarefa urgente,
meu caro Poeta
plantador de metáforas
Olá, boa noite!
Passei para lhe desejar um excelente período de férias!
Saudações poéticas!
O mar tem este poder de acender as emoções,
mas não é para todos,
fazer poemas.
Um poema intenso e belo.
Bj
Sem rodeios, um magnífico e intenso poema de amor.
Bjs
Ailime
não há dúvida que a "poesia é para comer..."
façamos dela um banquete!
grande poema!
forte abraço
Que dizer deste poema?
Tão bonito :)))
beijinhos
mareados de luz talvez, os olhos
um abraço
E assim se revelou, bela e nua!
Beijos, MA :)
Acredito que ande a «lavrar areias». Beijinho
Muito bem desenhada, até quando se chega ao fulgor das chamas que animam o mar, na amnésia das cores.
Abraço.
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