Neste chão de ressonâncias
marés vivas
marnotos
marinhas valentes
e outros relâmpagos
transportámos
um sol de mãos cheias
à cintura um mar de sargaços
Nus de tudo
soprámos o espinho
que nos sangrava as pétalas
descobrimos as mãos
e os lábios
ao entardecer
dulcíssimos
oferecemos ao rio
uma rosa de sal
Eufrázio Filipe (Presos a um sopro de vento )
19 comentários:
Que maravilha :)
Muito bonito. Num registo diferente.
Gostei.:))
Como todos os seus poemas, nos faz pensar... Gostei muito. Abraços.
Poeta
que retribuição nos fará o rio
agora que sabe a mar?
Despojados de quase tudo, ainda há força para resistir e para um renascer.
Emocionante este percurso imagético...
Bjo, Filipe :)
Vive-se o momento.... Apaixonadamente...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Permanecer com as mãos cheias de Sol. Do sal, a rosa!
Bj.
Lídia
que desabroche então o Milagre...
"são rosas, Senhor" - são rosas de sal...
abraço fraterno, Poeta
Efémeros são até os vendavais.
Resta-nos o estremecimento dos dias de inverno.
Abraço
O sal da rosa sobre o rio a lembrar que a sede nunca acaba...
Um poema maravilhoso, meu amigo!
Um beijo.
Tervehdys
En ymmärrä kieltä.
Kiehtova kuva.
Os marnotos cultivam suas delicadas flores de cristais…nascem elas do sal da vida, na luz do sol… são como roseiras do jardim do mar…
Então, quão docemente elas nos despem (de tudo) até o entardecer de cada dia…
Ah! essas metáforas que nos ensinam!
Beijo,
Genny
Um poema com sal e outros condimentos poéticos que o tornam excelente.
Gostei muito, pois claro.
Boa semana.
Um abraço, caro amigo Eufrázio.
Um belo poema. Vamos recomeçar na esperança de um amanhã radioso.
Um abraço
Na doçura das mãos e dos lábios as rosas de sal são gestos e beijos que o rio agradece.
Abraço fraterno
O entardecer traz-nos sabores de sal
de rosas e doces recordações.
Um abraço, Poeta!
e o rio ficou mais salgado
e a rosa mais doce
e as palavras
com mais significado
e o sol
o sol
inundou as mãos do Poeta
:)
Bonito, poeta.
abç
mapa astral
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