Aceitei o desafio do meu neto para escrever uns textos como se fossem garatujas
Falei com o meu amigo de quatro patas e aprendi que precisava de espaço para ser livre.
Aprendi a saber ouvir e ele disse-me
Um cão como eu não é feliz numa varanda.
Se fosse de barro terias de inventar uma vida para mim, mas não seria eu.
Não devias mas atravessaste o jardim da tua escola pelo meio das flores.
Sei que foi um sonho, mas apeteceu-te.
A mim apetece-me ser teu amigo, sem dono.
Foi por isso que te lambi a ferida e te olhei.
Queres ser meu amigo?
Não faças como a flor com espinhos que te rasgou a perna.
Sabes o que quero de ti?
Coça-me as orelhas, olha para os meus olhos.
Eufrázio Filipe
8 comentários:
Olá, " Mar Arável"
Estamos, sempre, recebendo lições dos
animais. É só prestar atenção.
Um fraterno abraço, amigo, aqui do
Brasil.
Sinval.
Teu neto deve ter ficado encantado
(a Isabel e os alunos dela, também)
Caro Eufrázio,
Que maravilha tu seres desafiado, nos
proporcionando esta leitura encantadora...
Li a garatuja (1) e quero continuar
aprender as lições do "mestre" de quatro patas:
a primeira, a liberdade; a segunda, saber ouvir
e a terceira, olho no olho acompanhado de carinho...
Adorei!
Bjs.
:))Bonito.
Há sementes a não esquecer
Primeira: a liberdade
e também a amizade
Tem dias que se dá
chama-se fraternidade.
Com avidez a Terra tudo recebe.
São putos de orelha espetada.
Quando o poeta sabe bem do que gosta um cãopanheiro.
Abraço fraterno
Lindo!
Se soubéssemos olhar como eles!
Bjs
Ailime
a amizade como moeda de troca...
(é isso)
ternuras
:)
Enviar um comentário