sábado, 4 de outubro de 2014

PRESOS A UM SOPRO DE VENTO



                                             a publicar em breve na Poética editora


Na véspera dos relâmpagos
os pássaros são eternos
conforme os apeadeiros

renascem ao som da folhagem
oferecem o corpo inteiro
e o desejo
pestanejam vírgulas
lábios remos e passos
numa cadência de asas

Na véspera dos relâmpagos
o mar organiza outros azuis
utopias em movimento
amplas claridades

sem âncoras nem limites
como nós
presos a um sopro de vento



24 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Sabes?
Fazes-me apetecer tempestades...

Graça Pires disse...

"Na véspera dos relâmpagos
os pássaros são eternos"
A tua marca em todos os poemas, amigo.
Um beijo.

AC disse...

Venham de lá os relâmpagos, a vida teima em acontecer.

Abraço

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, na véspera dos relâmpagos tudo é eterno e maravilhoso, com os relâmpagos vem a tempestade que faz da natureza ainda mais bela para sempre.
Poema significativo com beleza.
AG

http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

Agostinho disse...

Presos estamos
ao sopro do vento
na esperança
eterna
de novo alento
asas abertas ao intento
que avança.

Arco-Íris de Frida disse...

Na vespera dos relampagos... a vida renasce...

Helena disse...

Como nós presos a um sopro de vento e muitas vezes sem a possibilidade de organizar nossos azuis... Como o mar!
Na véspera dos nossos relâmpagos nem sabemos ser eternos... Como os pássaros!
Que belo poema, meu amigo!
Que te chegue uma semana de sorrisos, de estrelas, de alegrias.
Com carinho,
Helena

Janita disse...

Desta vez não vou deixar palavras minhas. Vou usar as palavras do Rogério.

Acrescento apenas, que é na véspera das tempestades que os pássaros se inquietam e agitam.

Belo poema!
Um abraço.

ana disse...

Será que virão claridades?
:))

tecas disse...

Excelente poema! Poeticamente perfeito.
« na véspera dos relâmpagos
o mar organiza outros azuis»
Tal como nós, toda a natureza se agita.
Saudações poéticas.

Maria Luisa Adães disse...

Nós temos como liberdade
apenas um sopro de vento...

E não sabemos
Nada sabemos!

Semana feliz,

Maria luísa

Teresa Almeida disse...

Um sopro poético sustém-nos na brevidade da espera.
Intenso!

Abraço.

anamar disse...

Serenamente vou regressando.

Não a toque de ventos e relâmpagos mas porque tenho saudades e tempo.

Abracinho :)

Manuel Veiga disse...

claridades na raiz do vento...

abraço, Poeta.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

os pássaros retornam, sempre, como o Poeta retorna na força dos relâmpagos....

:)

Rita Freitas disse...

E eu quero viver estas vésperas de relâmpagos.

Belo!

bjs

jrd disse...

Quem como tu, Mar Arável, para entender o sulco dos ventos que anunciam relâmpagos.

Abraço fraterno

Maria do Sol disse...

Se calhar é na véspera dos relâmpagos que podemos sonhar...
Excelente trabalho.
Abraço

Ailime disse...

E como vamos resistindo presos apenas a "um sopro de vento"!
Que as claridades não tardem!
Beijinhos,
Ailime

Armando Sena disse...

o mundo, uma tempestade, num bater de asas

manuela baptista disse...

no dia após os relâmpagos

quem nos soprará


Fê blue bird disse...

Os pássaros e o mar sempre a alimentar os seus voos poéticos.
Lindo!

beijinho
FGê

Suzete Brainer disse...

Presos a um sopro de vento,

os sonhos luminosos

inscritos de mares...

Infinitamente belo!

Odete Ferreira disse...

Não sabendo ler os sinais, o melhor é estar preparado para a intempérie...

Aprecio imenso ler a tua arte poética.

Bjo Mar :)