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A DESPONTAR NA VARANDA DO CAIS
Já tínhamos morrido
quase tudo
mas ainda a desnascer
surpreendemos
no espelho das águas
um gesto
pássaros a céu aberto
infinitos aqui tão perto
que nem lhes podemos tocar
Desta finisterra
efémeros partem barcos antigos
que deixam rastos
de romãs
a despontar na varanda do cais
24 comentários:
Uma conversa longa e cheia...e sempre inacabada!
Enquanto os barcos antigos continuarem a partir do cais não está tudo perdido :-)
Belo poema com sabor a romã.
xx
Temos que acreditar que os barcos
continuarão sempre a partir e
a esperança a regressar.
Um abraço
Irene Alves
A imagem do post, me deu saudade de um tempo que nao vivi...
Belos versos encimados por uma pintura linda de se ver! Muitos pássaros são mesmo para serem vistos... como tocar a poesia em pleno voo?
Sorrisos, estrelas, meu carinho,
Helena
Poeta
fico à espera
do regresso
enquanto isso
construamos barcas novas
com a vontade que sobra
aquela que ninguém nos rouba
Se as romãs crescem no cais
eles hão de voltar amanhã.
Que bella pintura como marco para tus versos, los barcos que lindos son me llevan a fantasías.
Saludos Mar y gracias por pasar por mi sitio.
REM
Enquanto se mostrarem os rastos e se mantiverem no olhar os barcos, ainda que antigos, haverá esperança para os que, atentos, permanecem no cais. Abraço.
Sempre me quedei a observar o mar e as embarcações, sempre. E nem sei explicar...
O poema e o quadro estão em perfeita sintonia.
Abraços!
Infinitos aqui tão perto...
Versos que fazem sonhar partidas, chegadas, riso e lágrimas. Perfume de romãs... Abraços.
Maravilhoso é sempre ser
surpreendida pelo teu
brilho (infinito) poético...
Bj.
Um belo poema, sem dúvida!
Saudações poéticas!
Tanta beleza e nostalgia na varanda do cais!
bjs
Façamos desses rastos caminhos novos para os nossos passos.
Beijo
Lídia
Pássaros e barcos a lembrarem que a vida continua...
Um beijo, amigo.
estamos sempre a desnacer e no cais ficam o sabor a romã, quiçá do beijo trocado...
:)
O mar tem sempre a magia de fazer renascer a esperança, apesar dos barcos partirem!
Bj
Ailime
Quando o mar ajuda a desnascer a maré é sempre cheia e a marca fica lá.
Abraço fraterno.
Gostei tanto do poema quanto gosto de romãs . Muito ! Beijos
Rastros
De incompletos movimentos
Abraço, poeta!
Imagem e poema em perfeita sintonia!
Surpreendo-me sempre com o reflexo que espelham essas águas em que navega o seu talento poético. Um deslumbramento nada efémero, ainda que os barcos abandonem o cais...:)
Beijos.
Muito boa a escolha da tela para a construção do poema... ou o contrário.
Abraço!:))
Partidas sempre dolorosas, pois os destinos eram sempre infinitos. E a espera longa!
Gosto da tua poesia pela poesia...
Bjo, Mar :)
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