desenho de ÁLVARO CUNHAL
Ao entardecer
um bando de pássaros
desenhou
na palma das nossas mãos
uma vida inteira
e tudo parecia
mais azul que os céus
No seu linguajar
mais alto que o voo
duas linhas paralelas aconteceram
prolongadas paralelas
que se encontram
aonde os olhos não mentem
Ao fim da tarde
tudo é mais claro
até a noite cheia
nos lábios da areia
30 comentários:
os olhos não mentem
gostei do poema e o desenho é muito bonito.
Um beijo.
O desenho ilustra muito bem, tudo é mais claro ao fim da tarde.
Abraço,
mário
Muito bonito mas vai ao encontro do registo que usa com alguma frequência.
Ai não se zangue!...
Um abraço. :)
Quando a noite vem beijar o Mar nos lábios da areia.
Abraço Poeta
Belíssimo poema e desenho de Cunhal! Ao entardecer tudo fica mais visível. Bjs Ailime
O entardecer encerra um ciclo, mas eu nunca quero ir...
Sempre lindo e imenso.
Luzes crepusculares!...
Um beijo
Parece até que pára o tempo...
Seria a explicação para ampliar a visão?
Abraço, poeta!
Poesia e imagem em sincronia,
Muito belo!
beijos
Lindissimo o desenho de Álvaro Cunhal. Que Homem completo, este!
O entardecer é o momento de todas as "loucuras", o momento mágico por excelência.
Beijinho.
Lindo, muito bom, gostei! Beijo!
Pouco a pouco vou retomando o hábito da tua paisagem.
Saudades tenho.
beijo grande
Ao entardecer tudo se vê
e já tudo se pode
Beijo
Sónia
Eu adoro fins de tarde! Este é muito bonito :)
Neste belo espaço eu posso apreciar e sentir a poesia de verdade. Abraço
o desenho do Álvaro Cunhal ilustra muito bem as tuas palavras.
ao fim da tarde tudo pode ser mais claro, depende apenas do olhar...
:)
Bela... e também viva, segundo me parece, essa imagem das linhas "que se encontram aonde os olhos não vêem"...
Abraço!
Belissima
Belo!
Gostei especialmente dos últimos versos!
Continuação de bons escritos!
Assim fossem os nossos horizontes:
a procura incessante do ponto, onde duas linhas paralelas se cruzam na perspectiva do nosso olhar...
Belo momento, como sempre!
Bom fim de semana...:)
A liberdade do voo
ao entardecer sempre
bela aos pássaros...
O caminho que fazemos
ao olhar-los, nos
proporciona acreditar
nas nossas próprias asas...
Sempre viajo nas tuas
belas metáforas!
Abraço.
É tudo tão claro na sensibiliddae dos teus versos, que a saudade de vir por aqui é permanente.
Dar-nos a beber poesia desta é encher-nos a alma de frescura.
Um dia, talvez não muito distante hei-de voltar a escrever. Por ora leio-vos e contemplo a beleza deste mar.
Beijos
Beijos, sempre.
Lindo o desenho de Cunhal e a poesia tem o linguajar próprio das coisas belas!
O Mar vem beijar os lábios da areia em noites de Lua cheia e o impossível acontece, porque os olhos não mentem...duas linhas paralelas se encontram, no nosso horizonte imaginário.
Beijo!
Como a paisagem se transmuda afectos...
Belíssimo.
bjs
Talvez exista um filtro especial ao fim da tarde :)
creio que Cunhal gostaria de ver este poema a "ilustrar" um trabalho seu. muito belo, sem dúvida.
fraterno abraço
Mel
Belo poema de amor! Muito bonito mesmo!
Os desenhos de A. Cunhal são muito bons! Um homem tão duro , ao mesmo tempo, tão sensível!
Beijinho
é por isso
que os pássaros cantam ao fim da tarde
Na verdade, tudo cabe na palma das nossas mãos.
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