É o sol que desponta
quando acendo um fósforo
e vejo como se movem as sombras
quando luz
e desfolha a noite
num sopro de lume
é o sol a raiar
que se deita no chão
despido de pétalas
a ouvir pássaros de ninguém
improvisarem hinos na folhagem
é o sol que se ateia silvestre
muito antes de ser dia
mas nem assim troco as tuas flores
por outras bandeiras
nem os teus lábios
por outros jardins
mesmo que o outro sol
adormeça de cansaço
as searas
31 comentários:
Belíssima forma de de cuidar de um jardim!
É um poema belissimo.
Adorei
"As searas adormecidas de cansaço" é uma imagem forte que se enche de múltiplos sentidos.
Um beijo
Que as searas nunca adormeçam...precisamos de pão.
Sempre profundo.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Tens razão
As searas sempre me souberam a pão
Um poema de eleição!
Belíssimo como sempre, num final que nos deixa uma sensação de espanto.
Beijos
Lindo!
Um abraço.
"O sol que se ateia silvestre muito antes de ser dia ...", magnífico.
Abraço,
mário
Muitíssimo bom. Tocante e belo.
Beijo amigo
Não sei o que seria de mim neste momento sem a tua postagem, não resisti e compartilhei no blog.
Um beijo no seu coração, Aline Carla.
O amor queima mais que o sol...Lindo! Beijo!
Sempre tão belo.
O sol antes de ser dia
permeia um caminho iluminado...
Este poder estelar dourado
faz renascer a beleza sublime...
Um poema sublime!!
Luminoso este momento! Obrigada por poder ter lido.
Beijo
Laura
Pétalas de silêncio
quando desce o sol da tarde
Bom fim de semana, EF :)
Um dia... importaremos couves da China
embora as nossas searas. Os poetas choram a pele da nossa terra.
Abç
Vermelhas e quentes são as searas!
Poeta!
Belíssimo!
Belo e profundo!
Bjs
Como sempre uma excelente poesia.
Bj.
Irene Alves
podem existir muitos sois mas só um nos aquece a alma
beijos
O Sol que faz crescer e fortalece ânimos.
beijo
Quantos sois se acendem dentro de cada um de nós... quantos jardins nos cabem nas mãos... e as pétalas, e os aromas, que nos despertam para a vida...
Simplesmente MARAVILHOSO!!!
Abraço!!!
não comento poesia
gosto :)
de pés nus
até que o cansaço vá embora
no chão das searas
sempre tudo tão lindo
aqui
beijo
De uma mesma boca procede a luz, num sopro de lume admirável...
Sublime e adorei a forma como termina o poema! Estas searas têm a luz do sol sempre a beijá-las, apesar do cansaço. Bj
٠•●♥ Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ ·٠•●♥
Não procuras descobrir os segredos que escondo,
Contenta-te com as pétalas, pedaços de alma que te dou.
Não queiras ver além do que te mostro,
Mas vê nas palavras tudo o que sou.
·٠•●♥ Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ ·٠•●♥.
inesgotável a sua capacidade de escrever - simples e belíssima.
um prazer regressar aqui
abraço amigo
Mel
O outro sol anda demasiado adormecido, há que despertá-lo.
Sempre bem, Eufrázio!
Abraço
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