quarta-feira, 12 de setembro de 2012

NÃO HÁ ESPAÇO PARA CANTAR




 
 
Hoje não escrevo
alguém
escreva por mim
 
Neste bairro
não há espaço
para cantar
 
  

 

35 comentários:

trepadeira disse...

Pois cantemos na rua lutando.

Um abraço,
mário

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

mas amanhã, voltas a escrever

pela hora dos pássaros.

beijo

:)

Licínia Quitério disse...

Havemos de cantar, sim, Poeta. As nossas palavras são precisas.
Abraço.

Branca disse...

E eu digo o mesmo, metendo-me totalmente por dentro deste poema. É tempo de fazer poesia nas ruas...

Beijos
Branca

Breve Leonardo disse...


[como escrevia, salvo o erro, Maeterlinck, "a palavra é tempo, o silêncio a eternidade".]

Um imenso abraço,

Leonardo B.

Rogério G.V. Pereira disse...

No dia em que os poetas
Deixarem de escrever
Se estiverem na rua
Tudo pode acontecer

Lídia Borges disse...


«A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.»

Ary dos Santos

Um beijo

www.amsk.org.br disse...

Desse bairro sem espaços,
onde o cantar se abafa,
mora um alguem,
que se atreveu a sonhar.

Onde a escrita não chega,
chega o cantar.

Onde o cansaço se instala
e impede os dedos de escrever e a garganta de cantar,
mora do outro lado do bairro
alguem que te ouve mesmo mudo e te lê mesmo sem palavras.

Não, não escrevo por tí,
escrevo em tí.

opré

Tania regina Contreiras disse...

Me4smo a recusa do poeta...é poesia!
Beijos,

Rita Freitas disse...

Só hoje, porque amanhã será um novo dia, com a sua poesia

Bjs

Rúbida Rosa disse...

"O pássaro que ontem cantava, já não canta. Morreu de uma flor na boca, não do espinho na garganta"

Mª João C.Martins disse...


Escreve, poeta!
Que cantarão as vozes em praças vazias de poemas?

Um abraço, Eufrázio.

folha seca disse...

"Canta, canta amigo canta, vem canatar a nossa canção..."

Anónimo disse...

Nos próximos dias continuará a não haver, mas espero que volte a cantar...

Maria José Meireles disse...

Em homenagem a Sebastião Alba:
http://fragmentosdebondade.blogspot.pt/2012/02/intifada.html

lino disse...

Cantemos a revolta!
Abraço

Flor de Jasmim disse...

Posso não cantar, mas no sábado vou para a rua gritar bem alto!

beijinho e uma flor

Canto da Boca disse...

O silêncio é canto estrangulado. E neste interdito a poesia foi escrita!

Sandra Subtil disse...

Os silêncios também falam e dizem tanto!!!!
Beijinho

MariaJB disse...

Filipe,

não faça isso.

MariaJB

jrd disse...

Escreveste sem escrever. E bem!

Anónimo disse...

Onde não há o canto o silêncio grita.
Poesia nem precisa de muita escrita.

Sandra Subtil disse...

Os silêncios também falam e dizem tanto...
Beijinho

Justine disse...

Só um cantro de raiva imenso...

Sónia M. disse...

Que os gritos rasguem o silêncio, com todas as vozes unidas...

Beijo
Sónia

Pata Negra disse...

não escreverei nem mais uma linha, não cantarei nem mais um verso... mas alguém vai ter de me ouvir gritar!...
Um abraço em verso ins-crito

tb disse...

Há sempre espaço para cantar, porque a cantiga pode ser uma arma... :)
Um forte abraço!

Manuel Veiga disse...

a poesia também é arma, como tu bem sabes.

há que trazer a poesia à rua. novamente ...

abraço, meu caro Eufrázio,

OceanoAzul.Sonhos disse...

Silenciemos então, poeta... também o silêncio pode ser um Grito.

abraço
cvb

Maria José Meireles disse...

Três poemas em forma de mim...

1
Perguntas-me:
e se fosse livro
onde me esconderia?
Respondo:
no medo apenas
de morrer semente
depois de todas as primaveras.

2
Tento filosofar
com as pedras.
Desperto no grito
dos meus silêncios.

3
Escrevo quase verdades.
O sangue que corre
por fora das veias.
O corpo que soluça
tantas almas.
E a Terra em forma de esfera
onde cabe o centro todo
do meu universo.

Maria José Meireles

deep disse...

É preciso que o canto dos poetas não se silencie.

Anónimo disse...


...nem para sorrir...

Saudades
de mim
do cão
dos passaros
das pedras
do mar
das dunas no deserto
do ninho
do casal de andorinas
dos afectos
saudades
...

princesa

Sônia Brandão disse...

Ouço o teu silêncio.

abs

Unknown disse...

o espaço,é uma criação humana,pois mesmo no meio da multidão,podemos estar só e com a nossa razão ter uma folha em branco sempre á mão
Paula Costa (bogger fragmentos de bondade)

Unknown disse...

mesmo no meio da multidão á um espaço,para a solidão,em que uma folha em branco está sempre á mão
Paula Costa (blogger fragmentos de bondade)