Poema que me apeteceu reeditar
Não sei quem és
mas pelos gestos vieste por bem
rasgar o vento com as mãos
a neve dos meus cabelos
e eu cansado de florestas apócrifas
das palavras em bando
comecei a plantar árvores
vi os pássaros regressarem
em acordes
a luz das noites que não dormem
Na partilha de horizontes
o amor é revolucionário
voa nos mastros mais altos
garatuja búzios de sons
intervem por causas
muito para lá das utopias
e se levanta resiste
ao pôr do sol
mesmo que os barcos entristecidos
estilhacem
nos espelhos da água
algumas pedras com vida por dentro
Registo por um instante
o ar que nos move
pinto com a boca
uma flor vermelha
nas paredes do cais
34 comentários:
Há poemas em que não se deve tocar
para não quebrar o encanto
Que é tanto...
Como se nota, foi uma belíssima ideia. É um poema que merece ser repetido. Relido. É um poema "com vida por dentro". Cheio de esperança (imperativa nos dias que correm).
Um abraço grato por mais esta preciosa partilha.
Belo!
e fez muito bem reeditar....
há poemas que devem ser lidos e relidos.
belíssimo!
um beij
Bonito poema. O amor partilha sempre horizontes...
Abraço
Uma flor vermelha por toda a parte trazendo o amor da revolução.
Um abraço,
mário
Nada pode ser mais poético que um poema feito de pétalas vermelhas.
Esse poema é lindíssimo!
Abraços da Rúbida Rosa.
Uma reedição que, para mim, faz todo o sentido.
Maravilhoso!
Abraço
E ainda bem que reeditou. Muito bonito!
Bjs
Uma atmosfera bebível. Brinde a uma flor vermelha no cais de todas as partidas.
Um ontem nas margens do futuro.
Lídia
E que bom foi reeditar. Lindo de morrer e ressuscitar de novo.
Maria luísa
lindo
Jinhos
Paula
Tal como a verdade, o amor também faz revoluções...
Ora ainda bem que te apeteceu reeditar!
Um abraço grato pelo momento.
Apanhei do bom poema que o amor é sempre revolucionário...
Um abraço de apanhado e de cais
Um beijo revoluciona o mundo,
muda a cor do mar as paredes do cais.
Reeditar uma floresta inteira com novas árvores. Planto-as contigo.
um beijo meu
Uau!
Achei um tesouro :)
A beleza mais profunda da vida está na partilha de horizontes.
Amor com objectivos sociais partilhados é como se ganhasse asas...
Beijos
Belíssimo!
Ao cais se chega, do cais se parte e nele há sempre um beijo como uma flor vermelha.
Abraço
Um poema necessário e o urgente, como o amor...
Um abraço
E reedita-se
também
o voo
Abraço!
...e que a mim me soube bem reler!
Mar Arável,
Muito bonito este hino ao amor. :)
Parabéns!
Um belissimo poema, que realmente merece ser relembrado.
Beijito.
Lindo!
É a regeneração do amor!
há que "inventar o amor" o gritá-lo nos muros da cidade...
bela homenagem (deliberada?) a Daniel Filipe e à sua "Invenção do Amor".
belíssimo
abraço, meu Caro Poeta.
Mais uma tentativa, mais uma esperança.
Nas vermelhas paredes de um cais,
a onde atraca mais um barco, perdido, na procura de mais e mais.
Que a luz do sol ilumine o seu poema de esperança.
Na flor vermelha o amor se renova.
Belíssimo.
Beijos.
a cada (re)leitura há sempre outra descoberta em cada um dos teus poemas, Mar, milhentas vezes que os reedites, serão sempre novos.
este poema é-me particularmente belo.
um beijo, Eufrázio.
Uma reedição que apetece... pela sensibilidade, pelas imagens e pela muita ternura!
Um abraço,
É muito bom ler e reler este e os seus outros poemas...
e, se houver poesia no "ar que nos move" a vida é mais leve...
beijinhos :)
mariam
O amor precisa de ser sempre reeditado...
beijo e boa semana.
Graça
É difícil medir a profundidade do poema. Magnífico!
Quando os pássaros regressam, eles que gerem a beleza da simplicidade, podemos acreditar que no ar se pintam aromas inebriantes...
abraço
cvb
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