Seixal - foto de Augusto Cabrita
Entram devagar na Ponta dos Corvos
por janelas escancaradas
respiram fundo nos mouchões
nidificam com as aves
por instantes quedam-se
para os barcos escutarem timbres
no brilho forjado das varandas
com sardinheiras
que se despem ao espelho
No remanso
quando a gaivota mais antiga
expressa sinais silvestres
retiram-se lentas
afagam margens
mostram o chão
que já foi de areias
e apanhadores de seixos
Na bruma das pedras
plangentes moinhos de marés
registam os ciclos vertebrados
das águas doces
43 comentários:
É a beleza envolvente
da margem certa da vida
Caro Eufrázio.
Gamei-lhe o post e pu-lo em destaque no meu Blogue.
Desculpe qualquer coisinha.
Abraço
Rodrigo
Água, mar, os olhos, o coração certo no espaço arável, nasce o poema! Eu aqui estou sem saber comentar a poesia. Mar Arável, aqui não há mar e a água começa a escassear, será que se pode arar o vento?! Moinhos de vento é só o que sinto!
Um abraço num domingo em que me achei mais pachorrento
Eu quase senti uma brisa meio úmida, o cheiro do mar. Quase ouvi a mãe chamar o menino que brincava perto dos barcos. Quase... Só porque não estava lá.
Vou,contigo,visitando o mar.
Um abraço,
mário
Dos rios que nos atravessam.
Um beijo
Gostei... Como é possível não gostar?
:)
Uma certa maneira de ver e viver o Tejo, próprio de quem lhe sente o pulsar...
Há poemas que são fotografias para a posteridade.
Abraço
Perdi-me na fotografia e de olhar toldado e salgado não tenho palavras para ti.
Beijo.
Belas estas águas doces. Poeta.
abraço,
Véu de Maya
Águas doces
Estendo a mão em jeito de dar.
Parabéns
Beijo
Ná
Que poema gracioso,
perto das mãos,
próximo da umidade das águas.
A mãe das águas doces.
a foto é belíssima.
bjs nossos
muito bonito, prazer em "revê-lo":)
Águas que além de doces se expressam numa poética muito bela.
LINDO QUADRO POÉTICO
DA NOSSA BAÍA
E SEUS ADORNOS
REAIS
ANCESTRAIS
MAS SEMPRE ACTUAIS
PRESENTES...
DA "PONTA DOS CORVOS"
ATÉ À TORRE
PASSANDO PELO SAPAL
PELAS GARÇAS
E PELAS VIDRAÇAS
PROJECTADAS
NUM CREPÚSCULO QUALQUER...
MEMÓRIAS
DUM POETA
QUE CONTINUAMOS A AMAR!
princesa
Um retrato "falado" e belíssimo da terra dos seixos, bem acompanhado por outro retrato fantástico que é a foto de A.Cabrita
A descrição de uma paisagem doce e linda!
Uma bela legenda para a foto do Cabrita.
Envolvente a beleza das palavras conjugadas com a da foto.
Beijinho e uma flor
Escrever assim na confluência das águas.
Muito bom!
...quando a gaivota mais antiga
expressa sinais silvestres é bom parar para ouvi-la...
Beijinho.
Haverá outros barcos no cais, mas também há "bruma e moinhos de marés" que ora os escondem ora os engolem.
beijinho
Ná
Mar Arável,
Quando os pássaros nidificam no porto seguro e belo a natureza equilibra-se.
Muito bonito o seu poema como é hábito.
Beijo. :)
belíssima aguarela. com gaivotas esvoaçantes por dentro...
... e os plangentes moinhos de marés.
abraço, meu caro Poeta.
(bem saboroso. o almoço.)
Excelentes imagens poéticas de um rio perto da sua foz.
Gostei imenso do teu poema.
Caro amigo, tem uma boa semana.
Abraço.
São sempre as águas e os pássaros que nos preenchem de vasta mansidão os silêncios e os olhos
Tanto rio aquietado à doçura dos olhos, até chegar aqui...
Um abraço, Eufrázio.
Águas pulsantes, que entram pelas janelas, pela terra dentro e invadem o imaginário de quem, lendo-as aqui, as pressente também.
Um abraço.
quer na Primavera quer no Verão
as margens roçam-se em nós
Vão de nós nas areias
Sombras de nós quietos
Indicadores de nós na terra
olhando o cometa
cheio de águas doces
contraluz da vela acesa
dentro de nós…e só nós...
diz-me
que vento parado
move os ciclos em nós?
grata poeta por este momento d'inspiração
deixo-te beijos
Belíssimo poema
acompanhado de uma foto magnífica de Augusto Cabrita...
Obrigado pela partilha.
há que tempos
que não visito os blogues
dos amigos
as notícias não são agradáveis:
ando pior dos meus olhos e fui ao médico, estou proibida...
logo eu que estou tão dependente do computador...
É uma tristeza!!!...
Enfim.
Tenho menos tempo no computador, por 2 motivos:
os 2 por ordem médica,
um é o problema que tenho nos olhos e devo evitar muitas horas de exposição ao computador;
o outro também é por ordem médica, o sedentarismo que me causa obesidade...
Daí que agora aos fins de semana, que eu passava inumeras horas na net, só posso cá vir 2 horinhas ao sábado e outras 2 ao domingo, no máximo do que é permitido.
Então este sábado que passou já me ocupei de outras actividades fora de casa - fui a SINES e surpreendi-me com o que vi e visitei.
Estive presente na inauguração de uma EXPOSIÇÃO COLECTIVA - no sábado passado - dia 10 MARÇO - onde o meu grande AMIGO JOSÉ ALEX GANDUM está presente com dezenas de fotos de sua autoria que passam num monitor - tive o prazer de o fotografar junto aos seus trabalhos
Beijos. Boa semana.
gosto dos moinhos de marés
é por causa deles que as águas são doces
e os poemas
um abraço
Olá!
Como é lindo o voar das gaivotas.O mergulho final para sua existência.
Grande abraço
se cuida
E é doce em água doce este navegar...
Como não preciso repetir que gosto da tua poesia, fico-me olhando embevecida a foto de Cabrita...
A vida dos lugares...
Vou e fico, com um suspiro no silêncio das palavras...
Beijos
Gostei. Fico a imaginar-me nesses moinhos de maré que tinham tanto de belos como de úteis.
Um abraço
de águas doces a caminho das salgadas.
um poema muito belo.
a foto do seixal tb ficou muito bem.
um beij
*
como são agridoces,
as tuas palavras !
,
saudações de iodo,
ficam,
*
Poema e imagem que me fizeram navegar, por outras aguas, por outros sentires...
Beijito.
"E na aresta da pedra, brilha a gota de orvalho"
Excelente poema, meu caro amigo Poeta.
Abraço.
Poeta
Nessas águas navega o poeta...e eu nas palavras.
Um beijo
Sonhadora
Tomei este voo e sonhei.
Abraço poeta.
cvb
Me deixo embalar no remanso dessas águas doces, com os olhos nos céus, voando nas asas de uma gaivota...
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