Um vaso de barro
exibia estrelícias
a crescerem minguadas
na boca das sementes
desapercebido
do espaço exíguo
onde viviam
parecia incólome
no conforto do jardim
até as flores se desnudarem
das cores
estilhaçarem grilhetas
e sereníssimas
habitarem o chão
sem muros nem amos
38 comentários:
Somos flores em potes de barro, sedentas de habitarmos o chão, "sem muros nem amos".
Beijinhos
"sem muros nem amos"... assim queremos que sejam os nossos dias. :)
Rasgaram amarras e foram cor e brilhos de novos amanheceres.
Gosto tanto!
Um beijo
O belo improvável é sempre tão mais belo que até a natureza abre passagem.
Como tudo deve ser,"sem muros nem amos".
Um abraço,
mário
Os muros, quaisquer que sejam, cerceiam sempre a liberdade...
Sempre pertinente!
Abraço
Tão livre e tão serena, como deviam ser todas as mortes...
Beijo
Poder-se ia dizer que... "a liberdade está a passar por aqui..."!
Nuas e livres.
Temos de romper os muros e escorraçar os amos!
Abraço
como tudo devia ser.
sem muros nem amos.
poema tão actual e tão bonito.
beijo
Sempre a liberdade...
Que as amarras impedem de viver.
Estrelícias em exíguo espaço, vaso, só podiam acabar mortas no chão.
A liberdade é essencial.
Beijo
Ná
"Sem muros, nem amos".
Como todos deverámos ser, como todos deveriamos estar...
Para desconforto de muros e amos, são as flores que habitam o chão.
Um beijinho
flores selvagens - puras e belas. livres...
abraço
Para que nada nos pareça incólome
no (des)conforto deste jardim (à beira mar plantado)
sejamos os cravos
que já empunhámos
As estrelícias perecem entre as amarras!
Liberdade?
Bj.
Só com a morte seremos totalmente livres.
Lindo poema! Ainda estão por abrir as pétalas da liberdade!
Belo! liberdade serena...
abraço
cvb
Um tapete de flores... para nos amortecer as passadas. Isso é que era!
Sem muros nem amos é o sonho de todas nós.
Um abraço
...pleno!
Concordo em absoluto: com muros e amos crescemos minguados. E aqui está a prova de que "estilhaçar" nem sempre significa destruir, bem pelo contrário.
Gostei imenso.
Um abraço.
Lindas e raras, as flores que habitam, verdadeiramente o chão...fantástico poema.
E... as palavras soltam-se como pétalas que caem... sem muros nem amos onde
"
até... as flores se desnudarem
das cores
estilhaçarem grilhetas
e sereníssimas
habitarem o chão "
Maravilhoso poema
Sem muros, nem amos, nem grilhetas, assim se querem as pessoas e os amores.
Belo poema!
Bjs.
Um dia nos libertaremos do vaso de barro!
Uma bela metáfora para a necessidade de nos libertarmos dos inúmeros grilhões que nos constrangem.
Um abraço.
As palavras servem de tempero à vontade de crescer e jorrar em liberdade.
Abraço
Bom fim de semana
Passei por aqui para ler um poema e li-o! Desta vez não vou partir o vaso de barro, vou-me entre muros, o meu amo chama-me.
Um abraço a caminho da cozinha
um vaso de barro
metáfora de um desejo de estilhaço
porque crescer, é esbracejar
eu nunca saberia falar da liberdade assim deste seu jeito
um abraço
manuela
tranquilo, sereno e inspirador.
abraço.
Será esse o dia da mulher-estrelícia. Gostei tanto!
Muito bom! Ode à liberdade!
A liberdade é sempre uma flor que brota cheia de beleza!
Na liberdade do seu descanso...
Bom fim de semana!
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