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NA FOLHAGEM DAS OLIVEIRAS
"Mulher pássaro" óleo de GRAÇA MORAIS
Há tantos anos
que te não via os olhos
de tão perto os conhecer
Foi preciso um pássaro
ajudar-me a fazer lume
rasgar janelas
na direcção do vento
e com um fósforo
atear fogueiras
só para os ver
Lá estavam
na folhagem das oliveiras
47 comentários:
Leitura de voz alta ao ouvido de quem gosta de ouvir...
Beijo meu
Um poema lindíssimo, parabéns. Um abraço, Yayá.
Por vezes é assim, há um momento em que se vê com olhos diferentes, o que já era parte do nosso quotidiano.
Há sempre um pássaro de liberdade e fogo...
Tudo muito belo!
Beijos
Não me lembro de ter lido nada nos últimos anos que fosse tão ... não há palavras. É único.
Posso roubá-lo para o almoço de domingo?
bjs de todas nós
Quantas vezes não vimos o que está tão perto, mesmo perto.
Abraço
Rodrigo
PS: Amanhã lá estaremos
A natureza sempre ajuda.
Um abraço,
mário
Poema de uma enorme beleza.
Abraço
Olhares gélidos, que ardem...
Abraço!
AL
O olhar que vê.
E quando não se vê o que está perto, às vezes acabamos por perdê-lo..
Muito lindo, o poema.
O triunfo dos pássaros!
Abraço
e de repente
um incêndio num olhar.
beijo, Mar.
"...
ias riscando as pedras pelo caminho
e a luz era o incêndio no teu olhar enquanto atravessavas a floresta"
um beijo, Mar
Os pássaros e a poesia ajudam sempre a vermos com nitidez o que está dentro de nós,escondido...
Olhar os olhos do nosso amor... é uma ternura que não nos cansa!
Trazer à luz o que se tem.É bom!
Belíssimas palavras.
Beijinhos
Seu poema traduz bem uma frase que eu vez por outra gosto de dizer, e que não é minha, mas apreendi-na como se fosse: "estamos cegos de tanto ver", é necessário um movimento, para nos tirar os véus que muitas vezes nem percebemos que existem.
Belo poema, mais um!
;)
Belíssimo! Tantas vezes necessitamos de ajuda para reconhecer o que o quotidiano tende a apagar.
Bom domngo.
Ainda bem que me chamaste a atenção. Vou já olhar para os olhos da minha companheira! Um abraço em nome da poesia que ás vezes nos acorda e também diz verdades
Lindo, lindo e lá estão eles na "folhagem das oliveiras"
Bj.
Poeta
Por vezes o nosso olhar não vê o que grita o coração.
Beijo
Sonhadora
poema de rasgar paisagens. e dulcificar olhares..
abraço, meu caro Poeta
Ateamos fogueiras com palavras improváveis.
Você é admirável com a poesia! Eu já sabia disso, só vim confirmar. A postagem é digna de aplausos.
Belo e profundo, como é teu timbre,
caro poeta.
abraço,
Véu de Maya
a descoberta de um olhar!
Um (re)descobrir d'olhos duma cor tão bela e tão familiar.
Beijo
Ná
mar,
desculpa a minha ausência.
o poema é belíssimo. parabéns!
beijinhos
Tanta inspiração !
Leio e releio e adoro reler
Quem me dera saber escrever assim !
Beijinhos Eufrázio
Não basta olhar; é preciso saber ver.
bj
Redescobertos... Intactos e aráveis...
Lindo!
De tempos a tempos, há que ir ateando fogueiras, para que os nossos olhos vejam para lá do obvio.
De carne e osso, sim, Eufrázio Filipe, talvez de olhos verdes oliveira e mesmo em forma feminina, deus ou deusa?!!!
Beijo meu.
magnifica imagem
Bjinhos
Paula
olhares em labaredas...
Pois é nem sempre se consegue
descobrir.E Graça Morais que eu
adoro. Que mais eu poderia querer
ao vir aqui?
Um grande beijinho
Irene
Chegou o frio que nos regela a alma.
Aquele abraço...
Necessário que o vento abrupto
abra janelas
de vez em quando...
Abraço, daqui!
Olhares que em silencio existem.
abraço
cvb
olhos cor de azeitona
tão simples e tão rasgado!
um abraço
Gostei. Gostei muito destas folhas de oliveira! :)
Abraço grande!
Belíssima poesia.
Cheia de "penas".
as nossas vidas, meu amigo, não mais são que uma rápida e fugaz passagem no "Jardim das oliveiras". Esse é um lugar de luz onde, por vezes, para vermos o brilho dos olhos que nos indicam caminhos, são necessários pássaros iluminados por dentro.
muito belo este poema, Eufrázio. muito belo, mesmo.
abraço daqui
Mel
às vezes, a ternura está mesmo ali ao lado...
Tanto tempo a vislumbrar sombras de olhares, para depois os poder finamente ver, na sombra de uma oliveira...lindo!
E nunca é tarde para a clarividência.
As "mulheres" de Graça Morais são mesmo as mulheres da Terra! As mães, as avós. De tanta terra-quente transmontana. Mas pode ser sobre a seara também lugar de papoilas.
"o mundo novo"... parece que andamos a arar o mar... o que terás feito (que te conheço de nome há muito tempo).
E tentas ainda, com a graça e a raiva dos poetas.
Abç
bettips
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