segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

CHAVEZ VERSUS SÓCRATES






O que a maioria esmagadora,aliada aos arrependidos de Sá Carneiro

pretendem para o poder local - limitação de mandatos - o que é aberrante

do ponto de vista da vontade das populações sufragada por voto secreto nas

urnas eleitorais - é precisamente o contrário que Chavez pretendeu introduzir

na lei,no seu país.


O eleitorado na Venezuela entendeu,pela margem de 0,7% que não -

isto é - o eleitorado entendeu que Chavez queria - não a possibilidade da

livre escolha,mas a sua perpetuação no poder.


Por cá a ideia é limitar por via administrativa os mandatos - isto é -

as tribos geminadas no poder,meia dúzia de rapazes,querem decidir pelas

populações.


Na Venezuela - por 0,7% o eleitorado teve medo de Chavez.Por cá -

nos passos perdidos,meia dúzia de rapazes instalados demonstram medo

da livre vontade das populações.


Admito que o eleitorado da Venezuela,mesmo por uma margem de 0.7%

se entenderia bem com Sócrates.




6 comentários:

Monte Cristo disse...

Também acho que o eleitorado venezuelano que não gosta de Chávez talvez gostasse de Sócrates. Pelo menos, a classe média alta - e a altíssima.

Por maioria de razão, os que gostam de Chávez, dar-se-iam muito mal com Sócrates - e Sócrates com eles.

Para mim, uma coisa é clara. Gajo porreiro é aquele de quem Bush - ou outro palhaço de serviço ao Império - não gosta. E vice-versa.

Por cá, o que a rapaziada rosa e laranja quer fazer ao poder local, com o cozinhado que preparam, é o que se diz neste post: retirar às populações o direito - e o dever - de eleger (ou reeleger) os mais capazes para desenvolver as suas terras.

Mas pode esperar-se mais de partidos que pariram Isaltinos, Fátimas Felgueiras, Valentins, Abílios Curtos e outros «habilidosos»?

Anónimo disse...

mt interessante o blogue. n conhecia.

deixo uma dica de um autor novo que merece ser divulgado:

www.tiagonene.pt.vu

Bi.

Monte Cristo disse...

Ainda em tempo:

Chávez referendou as alterações que julgava (bem ou mal) convenientes ao texto constitucional venezuelano.

Sócrates não quer referendar o tratado constitucional europeu (uma constituição encapotada que limita a nossa soberania e nos subjuga aos ditamos do capital - passe o chavão).

Mas ditador (ou, no mínimo, anti-democrata) é Hugo Chávez...

Gabriela Rocha Martins disse...

sem alimentar polémicas ,todavia, referencio que kentre Portugal e Venezuela, há, felizmente, uma grande diferença ... tão grande quanto a que diferencia Chavez de Sócrates ... felizmente!


um beijo.

jrd disse...

Os Socristas/sacristas de cá e de lá nem sabem o que fazer com a vitória do "não", principalmente os de cá...

Sérgio Ribeiro disse...

Pois é. A "nossa" (deles) democracia, assim como os "direitos humanos" (todos menos os que permitam exploração dos trabalhadores, e aproveitamento de recursos que de outros são), é muito bonita para impor aos outros mas não para exercício próprio.
São os são tomazes!