No regresso à velha casa
respirámos fundo
nas paredes do cais
lá estavam organizados
numa pauta de sons
silvos sulcos lábios
timbres no desassossego das marés
a desvendar como se movem
águas margens sonhos
No regresso à velha casa
beijámos pedras sedimentos
soltámos os barcos
e partimos
eufrázio filipe
13 comentários:
há regressos
e versos
e partidas
carregadas de poemas
há fins-de-semana assim...
Partimos para além das marés
Em busca do desassossego.
Simplesmente belo. :))
Hoje :-Iludem-se os meus pensamentos.
Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira
É bom quando regressado, solta o seu barco...
Beijo
~~
E partimos tantas vezes sem vontade.
Abraço
E partiram para realizar outros sonhos,
que os barcos lá estavam para isso,
para conduzir a outras paragens, mesmo
não saíndo da velha casa.
Abraço
Olinda
Os barcos (e as pessoas) não devem ter amarras...
Excelente poema, gostei imenso.
Caro Eufrázio, um bom fim de semana.
Abraço.
"soltámos os barcos..... e partimos..... Onde nos irá levar a corrente???
Belo
Bom fim de semana
Beijo
e partimos
às vezes (sem vontade de voltar)
e vamos....ou ficamos!
:)
Belo poema!
A vida é feita de partidas, de regressos e até de desassossego.
Se assim não fosse, não tinha graça alguma!
Beijo.
Um poema magnífico.
Voltar e partir. Matar saudades, mas não ficar prisioneiro.
Bjs
Ailime
Os barcos se vão
libertos de amarras
inspirados se vão
nos sinais escritos
na partitura
Abraço.
Enviar um comentário