Calcorreei a lava petrificada,a geometria dos verdes bordejados
por firmes muretes de cascalho sobreposto
Observei o preto e branco tresmalhados na pele dos animais.
Ouvi o doce,lânguido e apelativo mugido das vacas em liberdade.
Desmaiei os pobres olhos no sucalco das espumas bravias,
insuflei os pulmões nos ares frescos e espectaculares dos moinhos
de vento e subi ao poema.
Quando vi tanta exuberancia,tantos silêncios silvestres e me fixei
num solitário burro cabisbaixo
admito ter ficado mais triste do que ele
14 comentários:
Eu também ficaria, se tivesse vindo da outra Ilha Grande....
Tanta beleza por vezes dói. Como um poema triste.
Continuação de óptima viagem.
Foi no Faial, perante aquela montanha cinzenta acastanhada que fiquei estupefacto... sentimo-nos pequenos... e tristes, como dizes! Está ali a contradição entre o princípio das coisas e o... fim!
Um abraço!!!
T�o belas as tuas palavras!
Beijinhos
... senti. acabei de transpor idêntica porta...
beijO
Gosto muito dos Açores, mas só conheço a ilha de S.Miguel.
Agradeço as suas visitas ao Da Poética e respectivos comentários; acabo de o colocar lá em destaque.
Cumprimentos e boas férias
Quem ...não triste perante um burro solitário e cabisbaixo???
Eu tambem sofro com amesma tristeza!
Só nos resta lutar!
José Manangão
delicioso, de novo.
Simplesmente, Açores!
A tela está perfeita!
Bj.
Bem contado. Como é teu uso e costume.
Mas, mesmo perante o mais belo, apesar de tudo o que natureza nos oferece, até um burro anda cabisbaizo... e sabe porquê.
Temos mesmo, por vezes, que amarinhar ao poema.
Um abraço
a única ilha dos Açores que não conheço....
mas fico com a elegia. deste mar arável sobre o musgo.
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"tufão...perigo...voo sem efeito. senegal. alternativa. que escolhi" :))))
____------------bom dia.
em q.q. lugar e tempo.:)
Açores cativa sempre.
Um abraço*
Belíssimo!
palavras em engrenagens cheias de pauzinhos... este texto não respira por guelras porque é ar...
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