Em cardume
nos olhos dos peixes
lá estavam os pescadores
Na véspera dos relâmpagos
e outros afectos
dulcíssimos corações
clareavam as noites
e nós só podíamos fazer
o que fizémos
sentámos à mesa
os ausentes
levitámos em voz alta
o sussurro das marés
recolhemos metáforas
e algumas estrelas
no chão das águas
soltámos um grito
celebrámos as cadeiras vazias
eufrázio filipe
(reconstruido9
15 comentários:
Da importância de dar lugar às ausência
(este poema é quase psicoterapeutico/picodramático)
Poema adorável:))
Hoje:-Castelos no ar...arco iris esplendoroso .
Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira.
Belíssimo poema!
Cadeiras vazias cheias de memórias.
Beijinhos,
Ailime
Reservadas as cadeiras um grito convocou ausentes como outrora, ainda ganapos, eram intimados os treslidos em correrias levantavam voo na imitação dos pássaros.
O Poeta põe-nos a fazer o pino no exercício da leitura. Belo poema.
Abraço.
Belíssimo grito de celebração.
Gostei!
Beijo.
Os ausentes são sempre lembrados com carinho
Belo lirismo neste teu poema
Um abraço
Uma celebração aos que não estão!
(gosto de saber que ajudou a construir a natureza, infelizmente sou de informática, só a destruí)
Tanto que essas cadeiras podem contar. Até mesmo vazias.
Beijo
Os pescadores: homens por vezes esquecidos na sua faina e nos seus dramas. A eles ligados, as mulheres que vivem a inquietação e por vezes choram a sua perda. Mais ontem que hoje? Não sei. Talvez a cada tempo o modo como os problemas se apresentam.
Caro Eufrázio, gostei muito do seu poema. Para mim, focou uma realidade nem sempre lembrada.
Abraço
Olinda
Aceitar as cadeiras vazias é uma aprendizagem, uma necessidade, uma pacificação.
Muito bom, o teu poema
Cadeiras vazias insinuando viagens da memória…
Mais um belíssimo poema, meu Amigo.
Uma boa semana.
Um beijo.
No aparente vazio, se guarda muitas lembranças.
O vazio que nos preenche de afectos!
Belíssimo.
Beijinho, amigo.
e as cadeiras vazias
e que por vezes estão (ficam) cheias de memórias
brilhante poema
beijinhos
:)
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