domingo, 21 de janeiro de 2018

PALAVRAS INTERDITAS





Neste Inverno rigoroso
de mares adocicados
todos os destinos
com acesso remoto
aos esconderijos do teu corpo
começaram a despir memórias
que desvendam
palavras interditas

mas porque nada é urgente
beijámos as pedras
plantámos uma árvore no cais


Eufrázio Filipe

18 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Percebo
na não urgência
como não deve tardar

despir memórias
beijar pedras
plantar árvores

JANE GATTI disse...

Sempre enriquecedora a leitura de seus poemas. a construção e desconstrução das imagens cria um universo de sugestões visuais e sonoras. Abraços.

saudade disse...

Penso.... nada é urgente, mas o tempo não para nem volta a trás.
Belíssimo poema.
Beijo de...
Saudade

Marta Vinhais disse...

E vivemos cada momento...
Sem palavras.... porque as palavras nunca devem ser interditas quando se gritam com paixão...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

Graça Pires disse...

Nada é urgente, excepto ler o teu poema nas suas múltiplas formas...
Uma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.

Cidália Ferreira disse...

Gostei muito!!

Recordo com saudade, o teu carinho. (Poetizando)

Beijo e uma excelente semana

Ailime disse...

Apenas o amor é urgente.
Lindo poema!
Beijinhos,
Ailime

By Me disse...

Há palavras que são só dos amantes.

Almma disse...

Gosto muito de tuas letras.

Majo Dutra disse...

Palavras interditas devem ser as que são mais apetecidas...
Achei a expressão dos dois primeiros versos introdutivos muito boa.
É sempre importante beijar e plantar...
Beijo, EF
~~~

Elvira Carvalho disse...

Mas porque nada é urgente.
Será?

Abraço

FILOSOFANDO NA VIDA disse...

Olá bom dia!
Navegando em blogs amigos, cheguei até o seu e amei suas postagens.
Já estou seguindo e com certeza voltarei mais vezes.
Estes links são dos meus blogs, caso deseje conhecer e seguir os mesmos,será um prazer. Abraços, tenha um belo dia.

_ Gil António _ disse...

Bom dia. Passando e gostando, como sempre, de ler a sua poesia. Profunda forma de poetar.
.
* Adejam pétalas ... como lábios se beijando *
.
Deixando votos de um dia feliz
.

Olinda Melo disse...

Nas memórias descobrimos mundos e mares "nunca dantes navegados". E o que perturba é o desfocamento em que muitas vezes elas se manifestam. Dir-se-ia que de cada vez que nos lembramos de algo acontece uma recriaçao. Nada é igual.

Abraço.

Olinda

teresa dias disse...

Olá Eufrázio!
“Neste inverso rigoroso” a palavra URGENTE caiu do meu dicionário.
Belo poema!
Que saudades eu já tinha de passar por aqui...
Abraço.

Graça Sampaio disse...

Assim nos impelem os deuses: beijar as pedras, plantar a árvore... sem urgências...

Muito bonito!

Agostinho disse...

Conjugada acção:
"plantámos uma árvore no cais".

Muito para lá da intenção,
(plantamos)
sem assento,
sem tento,
sem amarras.

O Poeta fá_lo por inteiro.

Odete Ferreira disse...

Na urgência de amar, não pode haver urgência maior.
Bj