quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MEMÓRIAS À VISTA



Desaguámos quase eternos
e lúcidos
neste rio azul
deitados por sobre um manto de águas

À tona
sem quebrantos
na vertigem dos espelhos
agitámos silêncios e remos
para alumiar os olhos dos peixes

No lastro das memórias
à vista
não sei porquê
mas foi assim em flor
que desaguámos


25 comentários:

Maria José Meireles disse...

Lindo!...

trepadeira disse...

Lúcidos e sem quebrantos.

Um abraço,
mário

marlene edir severino disse...

Plácido mar

Respirei com suavidade
Precioso silêncio

Abraço!

Lídia Borges disse...

Suave desaguar, este, no azul fluído das memórias.

Lídia

BlueShell disse...

Desaguar em flor é uma bênção...
Beijo
BShell

Rita Freitas disse...

Sensação de paz que este poema me inspira, como se nesse rio azul também eu me deitasse sobre um manto de águas.

Beijinhos

Vento disse...

"... na vertigem dos espelhos:

foi assim
em flor
e sem saber porquê..."

é tão belo o teu dizer(es-te)

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
ecos
de
la
tarde
callada
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


COMPARTIENDO ILUSION
MAR ARAVEL

CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...




ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE BAILANDO CON LOBOS, THE ARTIST, TITANIC SIÉNTEME DE CRIADAS Y SEÑORAS, FLOR DE PASCUA ENEMIGOS PUBLICOS HÁLITO DESAYUNO CON DIAMANTES TIFÓN PULP FICTION, ESTALLIDO MAMMA MIA,JEAN EYRE , TOQUE DE CANELA, STAR WARS,

José
Ramón...

Unknown disse...

Um azul assim suscita a eternidade...
Beijo.

OceanoAzul.Sonhos disse...

E assim tranquilamente, sentimos...

Abraço
cvb

Rogério G.V. Pereira disse...

Desaguar lúcido, é preciso
É preciso voltar a desaguar
e que a flor seja um cravo

Anónimo disse...

Olá

Tudo o que li por aqui é absolutamente lindo, fluido.

Infinita calmaria.

Foi um prazer navegar por estas águas. Contemplar este mar.

Abraços

jrd disse...

E quando assim se desagua, a foz fica mais bela.
Abraço

Anónimo disse...

Quanta delicadeza...muito bonito.
Um bom domingo!
bjo

Olinda Melo disse...

Olá, Mar Arável

As nossas memórias completam-nos, é verdade. Com lucidez e sem quebrantos, calmamente, arvoraremos os nossos remos, as nossas palavras, e falaremos aos peixes tal como aquele nosso antepassado.

É excelente o ar da sua 'escarpa', respira-se bem...

Um excelente domingo.

Abraço

Olinda

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Poeta

Somos apenas uma efémera passagem no tempo.

Um beijinho
Sonhadora

Justine disse...

A serenidade de sabermos quem somos...

ana disse...

Converteu-se num espelho de beleza, onde os remos cortaram o silêncio.
Parabéns pela beleza do poema! :)
beijinho.

Canto da Boca disse...

Um canteiro de águas, brotando poesias, vertiginosamente azul...

Belíssimo, Eufrázio!


Beijo e ótima semana!

MariaJB disse...

Filipe

São quase banais as palavras, lindo, maravilhoso, excelente... para qualificar a sua poesia mas acontece que não conheço nenhuma outra.

Um abraço
MariaJB

Branca disse...

Sempre as águas azuis e serenas dos sonhos descobertos, conquistados, vividos.

Uma vida plena e esperançosa a que sempre nos transmites na tua poesia.

E é dela que precisamos, uma esperança permanente, que não nos abandone.

Beijos

BlueShell disse...

Para deixar um beijo e desejar boas férias,...
BShell

bettips disse...

Das sombras...
prováveis!

Maria Campos disse...

E assim deveríamos morrer, em serenidade...

Uma boa semana Eufrásio!

Hanaé Pais disse...

Como se fosse possivel o coração das aves teclarem as àguas azuis, doces e serenas.
E tão perto sem as poder tocar para inundar todos os seus sentidos...
E deitados num manto de àguas paradas, com o reflexo dos espelhos a florir em vertigens...
Ah! como é Bela a sua poesia.
É como o canto lírico de Bem Querer!
Completamente rendida e seduzida pelas suas palavras.
A sua amada deve estar muito impressionada, Eufrásio.
Muito obrigada por me deixar entar no seu mar.