terça-feira, 19 de julho de 2011

NO OUTRO LADO DO CAIS



Sem repouso nem ameias
contra o vento que faz
um barco luz
na sede das águas

acorda madrugadas
ao romper dos pássaros

Ao longe
numa rota apócrifa
tilintam trinados que trinam
consistentes nos teus dedos
em acordes de alaúde

Ao longe
onde me ergo
rumo remo voo
numa paleta de sons

vejo-te acenar
a este barco
carregado de velas
á janela

tão livre
no outro lado do cais





40 comentários:

OceanoAzul.Sonhos disse...

Do outro lado do cais, acena ao barco luz.

Lindo poema, magnifica pintura de Salvador Dali, mulher à janela, que vê passar o barco de velas brancas.

Um abraço
oa.s

Anónimo disse...

Outro dia meu filho me perguntou o que era um livro apócrifo. Eu, com toda a autoridade de quem quase nada sabe, disse que era um livro que deveria ser bem verdadeiro, mas que seria politicamente incorreto na época, talvez politicamente incorreto ainda hoje, mas ainda assim, mais perto da verdade.
Assim como seus textos, que navegam entre cais e olhares sonhadores - onde começa a realidade? onde começa o sonho?
Beijocas

luis lourenço disse...

bela combinação. poema imagem. mar céu e imaginação geram sensação de liberdade.

abraço

anamar disse...

Belo e serenamente lido pela noite dentro...
Bj

hfm disse...

Um belo poema que termina com dois versos soberbos!

antónio ganhão disse...

O cais é um pedaço de terra que decide abraçar o mar...

folha seca disse...

Caro Eufrázio
Em tempos de duvida, ler um poema, tentar decifrá-lo do principio ao fim é uma boa forma de conseguirmos alguns momentos de abstracção e capacidade de sonhar.

"salvem-nos os poetas"
Abraço

jorgil disse...

Que belas imagens ressaltam destes versos!

Licínia Quitério disse...

Há o outro lado do cais. Tem de haver. Abraço, Eufrázio.

Anónimo disse...

Me impressionam as suas palavras.Lindas!!!

Gosto dessa abstração nos seus poemas.

Beijo

lino disse...

Belíssimos, poema e quadro.
Abraço

OutrosEncantos disse...

tão livre
no outro lado do cais

ao longe
um aceno

que poema
lindo

beijo, Mar

Flor de Jasmim disse...

Eufrázio
Não pode deixar de existir o outro lado do cais!!! Não poderemos deixar. Tal como o poema adorei a imagem é linda.
Beijo

Mel de Carvalho disse...

Meu amigo, e que forte é a ventania, que vareja os barcos, encurva as águas e avassala os homens.
Apenas os filhos dos que dobraram o Bojador, se elevam em "rotas apócrifas" respirando por guelras a liberdade
"no outro lado do cais".

Gratidão enorme pela partilha
Abraço daqui,
Mel

marlene edir severino disse...

Da margem de cá do oceano
voei livre com teus versos, Eufrázio!

Abraço carinhoso daqui de mar

mfc disse...

As águas sempre nos libertaram!
Lindíssimo poema que toca um dos elementos que mais me dizem!

Maria Luisa Adães disse...

Mar

Se o quiseres, tenho um miminho de amiga para ti.
Vais, por favor, aos "7degraus"
no cimo, direita clicas:

"premios - clique para ver"

vai direto ao dia do amigo(a) e
levas...é teu!

Abraço,

Mª. Luísa

yaraeosol - yaralm disse...

Do outro lado do cais... qualquer dia desses nado até lá... bebo água salgada... talvez alcance o cais...
Um grande abraço,

Yara

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Poeta

Hoje passando para agradecer a tua amizade de sempre e deixar um beijinho carinhoso pelo dia do amigo.
Tenho um miminho no lado direito do meu blogue.

Beijinhos
Rosa

ana disse...

Acenar é saudação mas também é tristeza. Porque é que o azul do mar e do céu fazem isto?

Urban Cat disse...

E o barco navega ao sabor do vento.

Mª João C.Martins disse...

Do outro lado do cais. De um e de qualquer dos lados possíveis, é necessário oferecer o rosto ao vento e fazer-lhe frente, nem que para isso nos chorem os olhos.

Um abraço

Sônia Brandão disse...

... do outro lado do cais a liberdade.

Secreta disse...

Do outro lado do cais, acena, livre, nos sentires.
Beijito.

Justine disse...

Ritmo marcado, como se estivesse dentro do barco a ler o poema...

Pata Negra disse...

Talvez não haja cais, talvez sejam apenas as margens do rio que, como a vida, passa.
Um abraço arável

Virgínia do Carmo disse...

Tão livres, as palavras.

Um abraço

Maria Marluce disse...

as palavras criam imagens que enaltecem a alma. Grata pela tua visita.

Branca disse...

Um poema tão lindo como todos os teus, feito das emoções de uma liberdade que acena do outro lado do cais.

Beijos
Branca

R. disse...

E como é bom haver quem nos espere...

Manuel Veiga disse...

tão livre o outro lado do cais - que urge alcançar. em jeito de poeta-marinheiro...

abraço, meu caro Poeta

Evanir disse...

A esperança e a alegria de viver esta
nos atos de amor que praticamos.
Quero viajar todos os dias semeando
a paz no coração dos amigos (as)ser
apreciada por minha presença.
Quero jogar flores por onde
eu passar.
E em silêncio deixar a palavra
mais bonita.
(Creia em Deus porque viver é fantástico.)
Um beijo na alma e no coração com carinho,,Evanir,

Mariz disse...

Entre o sonho e realidade, vc vai velejando de cais em cais.
Belo!

beijos de boa noite!

OutrosEncantos disse...

este teu poema é magnifico, Mar!

Canto da Boca disse...

(uma brisa tão suave baloiça-me os cabelos agora, sinto o gosto de maresia e a paisagem marinha transborda em minha íris)

Lídia Borges disse...

Gostam-se tanto as palavras aqui. É uma harmonia que marca e fica.

Um beijo

SAM disse...

Mar,

Senti nas entranhas este belo poema. Obrigada.


Beijos com carinho e excelente semana.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Quando à velas que acenam do outro lado do cais, sempre o vento enche as velas.

Beijinho

Graça Pires disse...

Quando se faz do coração um cais de partidas e chegadas...
Um beijo, amigo.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

outro lado do cais...
libertador...

boa semana!