quinta-feira, 5 de maio de 2011

O CHÃO ONDE ME DEITO





No alpendre ao piano
por baixo do ninho das andorinhas

num ritmo lento
cadenciado
o fascínio singular dos teus dedos
explode nas teclas

cores
jardins
luz

rasga a pedra
percorre o corpo
a pauta

nos recortes da chuva

canta
azul
ao espelho

espuma desgrenhada
o chão onde me deito



42 comentários:

Sam. disse...

acordes de vida formando a melodia da alma...

(en)cantandora poesia!

Canto da Boca disse...

Só o 'preciosismo' de um toque para resultar num texto assim....

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Uma explosão de sentires num verso perfeito.

Beijo
Sonhadora

hfm disse...

A musicalidade das palavras e do no seu perpétuo jogo de sentidos.

Licínia Quitério disse...

O chão húmido da música do corpo.

Vítor Fernandes disse...

Sempre achei fascinantes os dedos dos / das pianistas. Mas apenas alguns cantam azul ao espelho. Bravo!

trepadeira disse...

Também sinto prazer em deitar-me na música para que ela me leve.
Um abraço,
mário

Sandra Subtil disse...

Uma sincronia perfeita esta das tuas palavras com a imagem escolhida. Maravilhoso!

Eva Gonçalves disse...

Bonito! beijinho

Mel de Carvalho disse...

Sob a bênção das andorinhas,
a preto e branco.

Eufrázio, belíssimo. A minha gratidão
num abraço saudoso
Mel

Julliany kotona disse...

Gostei do blog,estou a te seguir e eu sempre estarei aqui a te lêr e comentar bjos de bom dia!

jrd disse...

Quando a música se levanta do chão.

mfc disse...

As mãos... sempre as mãos a guiarem os nossos corpos!

lino disse...

Um belo chão para deitar.
Abraço

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

acordes de piano no chao onde me deito....

Fê blue bird disse...

Música e poesia só pode dar em magia.

Bjos

Manuel Veiga disse...

envolvente. como a música. percorrendo a pauta. dos sentidos...

abraços

Anónimo disse...

Anatomia do desejo...

Um abraço

antonio ganhão disse...

O chão onde me deito tem todo o mundo por cima...

Flor de Jasmim disse...

Eufrázio
A música faz-me sentir viva. Lindo!!! A imagem é divina. Amei.
Beijo

Mona Lisa disse...

A sensualidade do toque...

Bjs.

Anónimo disse...

Gosto do gosto da chuva
nos recortes coloridos de jardins
dos acordes a preto e branco
no voo enlaçado das andorinhas
e das palavras
lentas
cadenciadas
que em movimento circular
nos percorrem por dentro.
Gosto.

MJ

Graça Pires disse...

Um chão sulcado de palavras musicais e cheias de sensualidade.
Beijos.

manuela baptista disse...

tocata e fuga

um beijo

manuela

R. disse...

E há-de ser um chão macio e aconchegante, feito da harmonia dos acordes e embalado pelo suave voo das andorinhas.

carlos pereira disse...

Caro amigo, Poeta Eufrázio;
O "chão" onde nos deitamos é a melhor cama para desvendar os sentidos.
Gostei.
Um forte abraço.

ana disse...

Mar Arável,
Ao som do piano tudo é mais belo e cristalino.

Abraço!:)

Sem querer as andorinhas entram em sintonia com o meu toucado.

Isamar disse...

Lindoooo! Acordes de poeta. Sensibilidade apurada e uma leitura que delicia o leitor mais exigente.

Beijinhos

Bem-hajas!

Fá menor disse...

Há pautas muito agradáveis de tocar.

mundo azul disse...

____________________________________

A música do amor... Senti o seu poema!


Beijos de luz e o meu carinho...

__________________________

Virgínia do Carmo disse...

Mais um poema a explodir-nos na alma...

Um abraço

Laura Ferreira disse...

Belíssima e cadente cantiga.

luis lourenço disse...

Um poema cheio de música e de natureza e de vida...poeta. Que a inspiração nunca te falte.

abraço,

Véu de Maya

Nilson Barcelli disse...

Melodia sob a bênção das andorinhas, apesar da pedra, da chuva e da espuma desgrenhada...
Boa semana.
Abraço.

OUTONO disse...

Um chão feito de calçada...na cor da tua escrita...onde ornamentas os teus parágrafos a condizer...
Saio...na leitura do agrado!

Abraço!

Mª João C.Martins disse...

A cadencia tão singular da sua poesia que torna a sua leitura, momentos tão especiais.

Obrigada!

Um abraço

ANTONIO NAHUD disse...

Belo poema.
Parabéns.

O Falcão Maltês

Mariz disse...

Sentimentos pautados sem vestes em nudez permanente.

beijos...Mariz

Eduardo Miguel Pereira disse...

E lá fui eu, embalado no ritmo lento de tão bela poesia, visualizando as delícias que as palavras projectavam na tela da minha imaginação.

Lídia Borges disse...

Uma atmosfera absolutamente mágica. Um piano no alpendre, a chuva no intremeio das notas e no corpo, a pauta.

Uma expressão poética que encanta... Sempre!

Um beijo

Branca disse...

Que dizer de uma poesia tão apurada pela sensibilidade e talento?

A tua poesia atingiu um nível de maturidade que me surpreende sempre, se ainda é possível surpreender-me quando entro aqui...

Beijos

Hanaé Pais disse...

Eufrázio tem muito boa relação com os espelhos!
E gosta muito da cor do mar,