Quando te despiste em flor
e revelaste a nudez
Abril despontou
não por dádiva dos céus
conforme as estações
nem pela fragilidade das sombras
muito menos porque o mar entendeu
ser uma plasticidade de azuis
Tão só porque trazias musical
o sangue tatuado
a noção de um rio
que se demora nas margens
Foi assim inocente
numa povoação de rotas e pontes
que te desnudaste
até à vertigem dos poentes amovíveis
Ainda hoje
de vigília ao improvável
aqui tão perto dos mastros
onde dardejam as nossas asas
apetece aflorar-te os lábios
com os lábios
44 comentários:
Mas que beijo tão longo.................
:))agora, vai um meu :))
p.s. quando tentei comentar apareceu o iten de conteudo suscetivel de chocar, continuar ou não continuar ...
Este google não gosta da nudez...
pode o Mar ser bravo e por vezes destruidor, mas sempre que permite o acostar dos barcos no seu cais, todas as asas voam dos pardais para se aninhar nos seus azuis em maravilhosa poesia.
beijo, Mar.
A fome de um beijo de primavera, da primavera que vive por um beijo!... O aflorar de todas as virgindades e de todas as flores!... Tão perto… tão dentro de nós, que nos cerca e nos toma!...
Abraço
Eufrázio
Este bonito poema transmite-me, ou eu assim o entendo, palavras muito apropriadas aos momentos actuais!!! Vamos demostrar o nosso descontentamento e lutar sem tabus 25 de Abril deve e merece ser recordado e comemorado com dignidade. Peço desculpa se interpetei mal suas palavras.
Beijo
Uma delicada doçura.
Um abraço,
mário
Então aflora e voa...
Ah... que saudades da nudez de Abril!!!
Abraço,
AL
Na vigília ao improvavel, do presente, está a certeza do futuro.
Mais um grande poema.
Abraço
Um beijo... é aquela entrega linda!
É o sim ao sorriso.
nao sei se é abril que se desnudou ou se foi o Poeta que escreveu uma vez mais um terno poema de nudez poética.
um bom fim de semana!
beij
Sem palavras, de novo!
Abraço
Quantas figuras no seu poema! Desde o início da primavera comemorado num poema que exprime o amor e o desejo do(s) beijo(s), e a sempre desnudada "Revolução de Abril", e finalizas primorosamente com a leveza da floração em beijos, em bocas, em lábios!
A vigília ao improvável poderá muito bem ser o reconhecimento das possibilidades. Incluindo aquelas que Abril prporciona e proporcionou.
Poeta
Há desejos
de beijos
que tão cedo
não esquecerei
(A partir de hoje, por meu mal, fico de vigilia ao provável,
para evitar que aconteça...)
Um dardejar de asa! Sublime.
Lindos os seus poemas. Maravilhosos. Gostaria de adicioná-lo acha que posso? Um bj
O amor e o desejo caminham juntos, ou melhor nadam juntos.
mil beijos e ótimo fds!
rumor do tempo - indecifrável.
como o beijo antes dos lábios.
belíssimo
abraços
lindo
Bjinhos
Paula
Por vezes entro aqui e fico sem palavras, como hoje, porque o que li me deslumbrou, me disse tanto, que me deixou num silêncio contemplativo...
Há momentos em que a emoção do acto criador é incomentável porque de rara beleza.
Beijinhos, meu amigo
Branca
Antes de mais, os meus parabéns pela forma como dizes os teus poemas. Encantada!
Quanto ao poema de hoje, gostei muito como falas da espera desse retorno improvável mas urgente.
Beijinho.
Muito belo o significado que dás às palavras!
A plasticidade do azul
na Primavera
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Há sempre um sorriso de azul em Abril e um beijo provável na verticalidade dos mastros.
Um abraço Eufrázio
Abril despontou, e eu beijei o seu poema, lindo como sempre!
bjos
Gosto da sensualidade e das vontades de que falas!
Abraço
Muito obrigada pelas boas vindas que me deixou gostei muito de vir aqui e voltarei para ler tanta palavra bela, tão lindo sentir, bjs boa semana.
Acreditar sem duvidar da existência de poentes amovíveis e permanecer, até que a voz nos doa e o sal dos olhos tolha as águas doces da ria, de vigília ao improvável, é aquilo que diferencia os que sonham e agem, daqueles que sonhando, esperam que os demais façam o futuro, honrando Abril.
Meu bom amigo, que mais dizer, se não da minha gratidão? Belíssimo.
Abraço
Mel
Olá amigo,
Um belo poema! É de apreciar e sentir a beleza dos versos. Obrigada.
Carinhoso beijo e boa semana.
PS: Obrigada pela simpática visita.
"aflorar-te os lábios com os lábios"... haverá nudez mais doce?
de um improvável
ficar sempre acordado
seja abril ou rio ou lábio ou mastro
seja alado
em Abril!
um abraço
manuela
Belo.
(Este ano, aproveitando a conjuntura política, como se isso fosse assim tão complicado -- Há formalismos do caraças! -- nem há interesse ou motivação para abrir a AR para comemorar o 25 de Abril.
Hélàs! Hélàs!
Abraço
Eufráziovoltei para lhe oferecer um miminho que tem no meu cantinho.
Beijo
vibrante e forte...poeta.
abraço
Os lábios nos lábios.
Versos que mesclam sentidos e natureza na tocante vazão dos nossos sentimentos...belo e delicado poema.
Beijo,
Genny
Nudez de Abril e do calor dos sentires :)
E Abril despontou mais belo que nunca!
labios com lábios.
muito belo!
Um poema lindíssimo que enche o coração de quem o lê. Que sensibilidade a tua, querido poeta, que nos ofereces tanta beleza num pequeno número de palavras. A poesia é de facto magia.
Beijinhos
Bem-hajas!
Já que este Abril se apresenta duro como os meses passados pelo menos que nos traga calor.
Aqui tão perto dos mastros ouve-se uma canção de amor...
Um beijo.
Tenho cá comigo que as flores de Abril são mais formosas pois são envoltas em cores que nos sacodem, nos remetem ao mais profundo de nossas almas. As flores de Abril são lindas aí e aqui!
grande abraço!
O seu vigoroso mastro, que é temática de vários poemas.
Ocorre-me aquela canção:
"O mar enrola na areia e a areia enrola no mar..."
Isto é que é poetar!!!
Eu diria que é o poeta dos marinheiros e das ondas e das dunas!
Brilhante, Sublime!
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