Após o recolhimento dos belos relâmpagos
algo rebentou em flor
a partir do chão
Organizados para assistir ao parto
das glicínias
regressaram em bandos
com asas de fogo
povoaram o deserto de cores
mas só tu pousaste
na minha mão preferida
Agora já não sei
como voar nas palavras
que sempre desejei
mais leves que as cinzas
Abri as janelas da casa
e ordenei aos cães
Silêncio
vão cantar os pássaros
36 comentários:
Bom demais ouvir o cantar dos pássaros,..ao eco do silêncio
Tenhas um final de tarde regado de muito amor
Preciosa Maria
Continuas a voar nas palavras.
Belíssimas!
Beijo.
É já tempo de dar voz aos pássaros.
Abraço.
Lindo...
Não ousarei interpretar além da beleza e sensibilidade que senti em cada verso.
A leveza dos pássaros...
Abraço
Após as tempestades - internas e externas - vem sempre a bonança e os frutos da transformação chegam também. Quem sabe a luz dos relâmpagos, iluminou o chão de flores, para "perfumar" e compor o canto dos pássaros?
;)
E o canto eterniza-se como o perfume das glicínias!
belo!
Abraço!:)
Adorei!
Uma boa semana!
jorge
Poeta
Um eco no silêncio...um vôo para além das palavras...saciei-me de poesia e vou.
Beijo
Sonhadora
Belo...e nada inocente.Poeta.
abraço
Silêncio, vão cantar os pássaros...
Profundo!
Dificil neste momento ouvir o canto dos pássaros mas os poetas ouvem-nos sempre!
Estimado amigo,
indubitavelmente um dos traços distintivos da sua poesia é a leveza das palavras cheias de conteúdo.
Redundante será dizer-lhe e ainda assim lho digo,
Bem-haja
Mel
Maravilhoso ouvir o canto dos pássaros e a voz dos poetas.
Beijo
Vamos ouvi-los,deliciar-nos e aprender com eles.
Um abraço,
mário
E não é que cantaram mesmo?!
Magnífica descrição do que se está a passar aqui no jardim:)) - posso fazer minhas as tuas palavras?
O riso da hienas não deixa ouvir o canto dos pássaros.
Abraço
Excelente!
Um abraço
A mão que alberga o pássaro ocupa-se com preciosa e nobre tarefa.
Um abraço em concordância absoluta com o comentário no bibliofilia. Muito obrigada.
silenciados os cães
ficamos nós
e o privilégio dos pássaros
agora,
vou pensar qual é a minha mão preferida
um abraço
manuela
Agora já não sei
como voar nas palavras
que sempre desejei
Ah, você já sabia! Belo e belo o poema.
Beijos,
É a Primavera que volta nas tuas palavras lindas!
Mar Arável,
O seu sopro é sempre fresco e jovial. :)
Nesta Primavera
eu voei com os pássaros
quando eles
"povoavam o deserto de cores"
Os cães silenciaram
quando eles cantavam
e esvoaçavam
por entre as glicínias
multicolores
Eu assisti ao concerto
Inalei aquele ar perfumado
ouvi o teu poema
e parti...
beijo
princesa
Em silêncio "ouvi" a suavidade da Primavera...
Bjs.
Sei superfulo
vir dizer-lhe
que os câes
sempre obedeceram aos poetas
Os pássaros cantarão
Pode é ser longa a espera
Nada garante que seja nesta primavera
Fico muito feliz em conhecer o seu blog... Acho que acompanhei o canto dos passaros!
Um abraço carinhoso
Por aqui respira-se ar puro e poesia!
Um abraço :)
Até os cães se calam para ouvir os pássaros.
bj
Eufrázio
vi e vou retribuir o link. Não por acaso, ou por reacção automática. Porque gostei, investiguei e sinto que vamos na mesma camioneta.
Um abraço para começo
e os cães calaram os seus latidos, porque o Poeta ordenou.
e os pássaros entoaram o canto do Poeta!
beij
Lindíssimo.
Abraço
Não sei porque ainda não tinha cá vindo parar...
Simplesmente adorei este poema :)
Sofre quem mora, onde os cães não se calam, nem os pássaros cantam.
Bjos
Silêncio!
O Eufrázio, começou a poetar e a seduzir os pássaros e eles em leveza começaram a amar...
E os cães a uivar...
(estou a tentar rimar, para o impressionar!)
Enviar um comentário