Ainda não chovia
da ultima vez que raptei
o sinal que trazias nos olhos
Consentiste que fosse o ladrão
do teu olhar
mas tive que rasgar uma janela
por sobre as águas
Estavas num barco
caiado de branco
com palavras a arder
e eu perguntei-me
que fazer deste lume?
Aproximei-me e vi claramente
uma balsa sublimada
a rasar o vento
onde me transporto
34 comentários:
Um poema muito belo...beijos.
Ladroes de olhares...precisam-se, com a mesma onda poética!
Simplesmente , simples e belo...
:))
belo poema!
Mas seria capaz de remar contra a maré?
:)
bjs
E foi assim que ficaste um Mar em chamas.
Abraço
É talvez pouco dizer que é mais um belo poema, este que aqui nos deixas, mas é um sentimento de prazer o que fica...sempre que te leio.
Um abraço
chamas sobre as ondas. que o inesperado vento (esse pirata) inflama...
belíssimo.
abraço
Um poema brilhante. A subjetividade é o reflexo de toda objetividade contido em um poema. Parabéns. Me apresentando: sou o sobrinho da Alana. Abraços.
Instintivamente (qual puma elegante?) vão-se roubando olhares e lumes, necessários à sobrevivência.
Amigo:
Desculpa-me a ignorância, mas tens algum livro recente?
Lembro-me de ti, naquela magífica festa "De Braço Dado" no Pavilhão Carlos Lopes, que no final dos anos 70 ainda era Pavilhão dos Desportos... depois soube de ti pelas notícias que chegavam do Seixal, dos prodígios que foram realizados, o sonho (ou a Poesia) em movimento podia ter sido (bem, não sei se foi)o slogan desses dias certamente inesquecíveis...
Este poema tem uma beleza, uma energia, uma tecelagem de ondas e remos, de voo e silêncio, uma musicalidade de sílabas e anseios, que~as palavras são muito pouco para dizerem essa magia, a forma como partilhas...
Bem Hajas, Companheiro!
Luís
Dizer-se enamorado desta forma é sempre lindo.
Sempre
Belo
O que escreves.
PS: Somente a ti, devo esta explicação, porque foste o único que não deixou de me comentar.
Tomei a decisão de fechar os comentários, porque não posso retribuir quem me comentava.
Gostava de ter saúde... mas não tenho....
Beijos
O que transporta um só olhar
Obviamente que a qualidade dos seus poemas já nem necessitam comentário, mas queria saber de quem é o quadro. Seu?
Há muitos anos conheci um presidente de câmara com voz de declamador, pena de poeta e olhos do azul do mar que aqui retrata. Passados anos, o presidente poeta tomou conta da região de turismo de uma costa da cor dos seus olhos. A poesia, essa, manteve-a ao longo dos anos, da mesma forma que manteve a voz de declamador e o tom de "Sado" mantem-se no olhar profundo com que encara a vida.
Gosto de ler o mar neste blog. Tornei-me visita diária. Belos poemas e imagens sempre apropriadas.
As palavras do poeta no seu melhor neste "encantar de serpentes" que é o seu Mar Arável.
Um abraço
Natália Abreu
Enredas as palavras de forma tal que dizer amor parece fácil.
É?!?!?!...
Deve ser simples pelo menos mesmo que não tão fácil assim.
Tu dize-lo muito bem.
Abraço
PreDatado
o óleo é retirado da net
sem identificação
Um dos teus mais lindos poemas, na minha opinião.
Abraço-te.
a.raso-me aqui.
amigo. de amigo.
beijo.
As palavras, como a água, o fogo e vento, são também elas uma força da natureza. E também roçam na pele... também inflamam... Também inundam...
O fogo e a água,
elementos do amor.
Muito bonito.
Iste poema é como navegar en sí,a auga misturada co lume ate unha calma en forma de balsa ...
precioso!!,beijhos.
rendo.me
incondicional mente
à beleza do poema
e no vento ,deixo
.
um beijo
sublime ofício de roubar olhares!
beijo.
"Estavas num barco
caiado de branco
com palavras a arder
e eu perguntei-me
que fazer deste lume?"
Um poema fabuloso, amigo!
Beijos.
Voga a balsa em palavras diáfanas de sentir.
Belo.
Bj.
A poesia é uma balsa em tuas mãos.
Beijos
Lindíssimo, porque não sei dizer mais!
Um beijo de bom fim de semana
A beleza incorporada nas palavras...
Beijo
Chris
e rouba-se um olhar
a incendiar este vento
das asas onde te guardo
_______
lindo Eufrázio
beijo, de águas, também elas em circulos incendiados
Tão BELO !
um sorriso :)
mariam
apercebo-me de uma atracção pelas águas...
"A rasar o vento"
que soprava de norte
naquela noite
no monte alentejano
"caiado de branco"
aconcheguei os paus
da lareira.
As línguas de fogo
iluminaram toda a sala
caiada de branco.
Espreitei pela vidraça
e aguardei...
a chegada do ladrão
do meu olhar...
princesa
Mais um poema que lhe vou roubar.
É sempre um enorme prazer ler os seus poemas, mas há sempre um que nos toca particularmente.
É o caso deste.
Obrigada.
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