sábado, 30 de maio de 2009

GRACIOSA MEU AMOR

Um dia escrevi que tínhamos por regra familiar - dar nome às nossas galinhas. Eram as primeiras. Só queríamos olhá-las nos olhos e recolher os seus ovos.
A Graciosa - recordo-me como se fosse hoje - destacou-se no snooker em vésperas de uma campanha eleitoral.
Creio que foi a sua primeira partida.
Reunidos em família a propósito da preferencia das andorinhas para o seu primeiro ninho no nosso espaço, sentámo-nos à mesa. Iniciámos o repasto - abruptamente interrompido.
- Pai - parece que estamos a comer a família.
Levantei-me e perguntei.
- Não me digam que é a Graciosa.
Ninguem respondeu.

30 comentários:

salvoconduto disse...

Lá se foram as partidas de snooker...

Maria disse...

Eles comem tudo
e não deixam nada!

Contigo, sempre
do lado nosso.

Sonia Schmorantz disse...

Decore sua alma ,
da forma mais linda que souber,
com uma poesia que lhe toque o coração,
para que na sua mudez, seja feliz,
pois alma que é, será sempre sua,
sem que ninguém no mundo a tire de você.
(Eda Carneiro da Rocha)

Desejo a você um maravilhoso final de semana,
Com muita paz e carinho.

Sônia

Fá menor disse...

Essa fez-me lembrar cá uma matança de um porco criado com todas as mordomias por um membro da família...
Depois recusou-se a comer a carne dele - do seu amigo...

Licínia Quitério disse...

Pelo menos o canto da Graciosa dá fruto, ou melhor, dá ovo. O que não acontece a muito grasnar eleitoral que para aí anda.

Beijinho.

jrd disse...

Até as galinhas, com ou sem nome, procuram os buracos em tempo de campanha.

São disse...

De Gaulle proibia que se matassem as galinhas da sua quinta...

Bom fim de semana.

vieira calado disse...

Punha ovos...

ou bolas de snooker?

Um abraço.

lino disse...

E era!

PreDatado disse...

Eu tive três galinhas / pintos porque quando eram pequeninas e eu também não sabia distinguir. O Sousa Pinto que era também o nome de uma antigo colega de trabalho de uma familiar e que achamos graça. A Solipanta porque achamos que mais dia menos dia lhe iria dar um achaque e o Pinto da Bosta porque para além de deixar as respectivas marcas nos locais mais impróprios o nome dava para fazer trocadilhos. Vocês sabem do que é que eu estou a falar.

Paula Raposo disse...

Que maravilha de vídeo!! Adorei esta jogada! Beijos.

Graça Pires disse...

Lá se foi a Graciosa... Gostei da ironia do texto.
Um abraço.

Anónimo disse...

Nós tivemos um galo, que presumo achava-se cão e nos esperava no portão, cantando, quando dobrávamos a esquina de casa. Minha deu para a vizinha, já qeu, como cão, não deixava ninguém chegar muito perto de nós.

Mar Arável disse...

Senhora

já vi de tudo

até galos que ladram

como a gente

Apareça sempre

Bjs

Ana Paula Sena disse...

:):) Excelente sátira!

Acontece não sobrar nada. Mesmo, mesmo nada! Nada que se possa salvar dos ímpetos de ferocidade.

Os meus votos de uma boa semana...

Teresa Durães disse...

credo! um dia aconteceu-me isso, era miuda - comi a mascote sem me aperceber de imediato

Justine disse...

Também é um caminho libertador, o humor, a ironia!

as velas ardem ate ao fim disse...

Uma graça a Graciosa!

bjo

Anónimo disse...

Hee adorei seu blog,tbm já tive galinhas com nomes,uma era Merenciana o galo Chico Bento,e muitos outros,me simpatizei com seu bom humor e gracias pela simpatia...

utopia das palavras disse...

Nunca gostei de ter galinhas lá em casa, precisamente por causa desses equívocos! Coitadas!

Gostei da ironia!

Beijinho

AnaMar (pseudónimo) disse...

Por me ter acontecido algo semelhante hoje ainda não consigo comer coelho :-(
Bjs

Mateso disse...

Ironia precisa graciosamente oportuna .
Bj.

Anónimo disse...

Este texto traz-me à memória mais que um episódio de minha infância.
...A pomba branca "de leque" que desapareceu da capoeira;
...a galinha que eu embalava e tratava como se fosse uma boneca, a minha única boneca;
...as operações feitas aos papos dos pintainhos e dos perús;....
...e tantos outros!!!

Porque será que a sua linguagem poética atinge sempre algo em mim???

princesa

Alberto Oliveira disse...

... foi pena. O meu galo* Arquimedes teria tido muito prazer em fazer uma jogatana com a Graciosa.

* Finou-se recentemente. Uma tacada mal intencionada dum adversário e passível de cartão vermelho, levou-lhe uma asa e valeu-lhe o ingresso num tacho de arroz delicioso.

Madalena S. disse...

A tragédia abate-se sobre as galinhas com mais frequência do que se pensa.
Conforme os resultados de domingo, o jantar poderá ser arroz de cabidela, frango na púcara, ou galo corado! Esperemos com veemência que não sejam moelas, que são sempre mais duras de roer!
Um abraço

isabel mendes ferreira disse...

(e sou tão grata....E. por tanto)


.


até.



beijo grande.

L e n a disse...

Se tivesse de comer o que crio,
ja seria vegetariana..

Beijos

Gabriela Rocha Martins disse...

Graciosa ... ainda por cima graciosa ,caramba ... que maré de azar!

excelente


.
um beijo

Arábica disse...

Comigo foi com pombos.

Nunca os comi e continuo sem prová-los...também são graciosos no vôo... :)

Manuel Veiga disse...

podia ter pior destino, a Graciosa, do que(de)penar-se Parlamento europeu.

ser "canja caseira", p. ex.

abraço