Estas ondas navegáveis
sempre a chegarem e a partirem
seguem o itinerário minucioso
que resiste
ao despontar das marés
precisamente
no silêncio
onde melhor se ouve Tchaikovsky
desmaiam dunas
e nidificam os sonhos
Chegávamos e partíamos
como se as mãos apenas servissem
para dar de beber às fontes
Chegávamos e partíamos
asas soltas na sombra dos barcos
descontentes mas cantávamos
músicas fundas erguidas
tão limpas de areias
Na intermitência do tempo
onde desaguam submersos outros poentes
cavalgamos o vento
para a água seguir
os nossos passos
19 comentários:
Provavelmente vou repetir-me: belíssimo!
Um beijo
Cavalgamos, e ainda mais, o pensamento.
As mãos tecem as palavras, os sons, os punhos.
Trabalham.
Abçs
Cavalgar o vento é abrir os sonhos á liberdade!
A foto é um espanto.
Abraços.
e neste tempo intermitente o galope é de saber "musicar" assim as palavras. que o vento não desfaz. antes as entrega.
.
bjj.
escrevi ha bem pouco tempo um poema acerca das aventuras de piotr ilitch na trafaria...
bem lindo ...
bjs
A tua poesia está cheia de rios, mar, lagos, é feita de muitas viagens de água.
~CC~
é bom dançar no vento :) um beijo.
um poema...um convite às sensações
bom fim de semana
beijos
Um "1812" no espaço das marés.
sereno e belo. como o Lago dos Cisnes...
abraço,Poeta!
Muito bonito!
Um abraço*
Ao ler ouvi o concerto nº 1...As palavras encaixaram na pauta em notas musicais de perfeita harmonia. Nao sei se o vento leva a música se as palavras rolam o sentir.
Bj.
Essência poética! Belíssimo.
tchaikovsky e o sempre eterno lago dos cisnes, lindo!
um poema lindíssimo onde nada se pode dizer a não ser "Parabéns!"
beijinhos
EU
te saúdo poeta
em mar arável
.
um beijo
de passagem... ancorei aqui por momentos... gostei(muito) do que vi...
belíssimas palavras e imagem...
um sorriso :)
espectacular...
bjs
Gostei do deu poema.
E também do da mais recente postagem.
Um abraço
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