sexta-feira, 28 de setembro de 2007

PÁTRIA DE SALIVAS

sea-moon






Regressei às águas deste mar

a este movimento de sussuros



a estas redes a este canto

a esta doce sinfonia



a este porto a esta casa desgrenhada

a esta pátria de salivas



Regressei com mãos cheias de sede

para carregar melhor este espelho

flamejante de barcos e tremulina



o corpo líquido por entre os dedos



a síntese da tua nudez








14 comentários:

Luís Galego disse...

Regressei com mãos cheias de sede


Regressei a este blog porque aqui habita a poesia...

Gi disse...

Rendida a este movimento de sussurros. A estas palavras murmuradas.

Um beijo

Graça Pires disse...

"Regressei com mãos cheias de sede". Belo este poema. Vou continuar a visitar este espaço. Um abraço

Anónimo disse...

Gosto do seu regresso.

Manuel Veiga disse...

"pátria de salivas"! excelente sintese. e um belo poema!

abraço.

Maria disse...

Regressaste com um lindíssimo poema...
... e com as mãos cheias de sede...

é um feliz regresso a casa...

Um abraço

samuel disse...

Os regressos podem ser uma festa, uma festa pode e deve ser bonita.

Mateso disse...

A pátria onde as ondas se desfazem , engolidas no interesse dos silêncios escolhidos, por antítese à ausência da palavra.
Águas roladas nos areais desertos de redes rasgadas de vã esperança.
Lindo! Lindo!
Beijo.

Bandida disse...

dizia eu que os poetas não existem... engano meu...



beijo Mar!


B.

Licínia Quitério disse...

A sede que nos faz regressar às águas das nossas pátrias. Gostei muito.

un dress disse...

a síntese da tua nudez

:

cada vez mais


liquidaMente


.e X t e N s a




*

Anónimo disse...

nudez.
assim.



_____________por entre os dedos. sábios.
de uma pátria in.serena.

_____________.


fico.

aqui.


/piano.

blue disse...

um regresso de corpo e alma.

aquilária disse...

corpo líquido onde cantam sereias perdidas. o espelho agora emudecido, o enigma indecifrável.

belo, inteiro regresso