Em cardume
nos olhos dos peixes
lá estavam os pescadores
Na véspera dos relâmpagos
e outros afectos
dulcíssimos corações
clareavam as noites
e nós só podíamos fazer
o que fizemos
sentámos à mesa os ausentes
levitámos em voz alta
o sussurro das marés
recolhemos estrêlas
no chão das águas
celebrámos a cadeira vazia
eufrázio filipe
poesia
12 comentários:
Fascinante de ver e ler, poeticamente falando
.
Saudações poéticas
Gostei, sobretudo, da ideia de sentar os ausentes à mesa e celebrar
a(s) cadeira(s) vazia(s).
Um abraço, Poeta, seja bem regressado.
Belíssimo poema e belíssima homenagem aos artesãos da pesca sepultados no mar 🙌
Fica um beijinho com estima e amizade 🌹
Não me fales em cadeira vazia
Tenho uma cá em casa
o que me dá tanta mágoa
Muito bonito!! :))
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Será o destino mais forte do que o pensamento
.
Beijos, e um excelente fim de semana. :)
Maravilha, Eufrázio! Os ausentes nem precisam de cadeiras para marcar presença, mas sua colocação poética me encantou.
Comovente!
Quem não tem cadeiras vazias ao seu lado?
Abraço
_ o peixe, homem, a vida e a morte.
Tão real, tão próximo, tão sentimental.
Tim Tim à solidão das cadeiras,Eufrázio
muito bonito bjs
Forte abraço, Eufrázio!
Nunca estará vazia a cadeira onde sentas os ausentes para que vejam os pescadores nos olhos dos peixes e colham contigo as estrelas. Tão belo, meu Amigo!
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Muito belo e comovente este poema!
Cadeiras vazias sempre preenchidas pelo amor e saudade.
Um beijinho.
Ailime
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