Estavam no cais
os barcos adormecidos
etéreos
quando partimos
por sobre as águas
sem fim à vista
foi assim
lá onde os olhos sem amparo
se consentem demorados
assistimos à passagem
de um sopro de vento
Neste leito de sussurros
a primitiva chama
navegava
todos os degraus da escarpa
foi assim
tresmalhadas as pátrias
e os amores
chegámos à fala
de mãos dadas
no íngreme caminho das pedras
eufrázio filipe
17 comentários:
Barcos, águas
sopros de vento
escarpas
nem é preciso que assines
é poema teu
Bom dia:- Foto e poema, lindíssimos. A conjugação poética perfeita
.
Um Sábado feliz
Proteja-se.
Suave de tão íngreme, este caminho das pedras.
Abraço!
Poema sublime! Amei:)
-
Fantasiando ideais ...
Beijo e um bom fim de semana! :)
Protejam-se...
Num canto colectivo
Chamar-te-ei sempre amigo.
Abraço, caro Eufrázio
Sem amparo, sem arrimo
sem um cais,
estamos nós,
barcos alquebrados.
É assim que me sinto,
quase sem ânimo, mas sempre
tentando ultrapassar
o rochedo atemorizador.
Beijos, Poeta!
As pedras quando estáveis, dão a sustentação do caminho, ainda que íngreme. Ademais de mãos dadas pode-se voar por entre cais e sonhos!
Belo, como sempre.
Beijo, Eufrázio, bom domingo, cuide-se.
Como um sonho que se integra na paisagem!
Um abraço, caro poeta!
E também foi assim que subi as pedras no embalo dessa maresia , como um afago .
Tão belo !
Beijinho EF🌷
Tão belo!
Beijo
Boa noite de fé e esperança, Eufrázio!
Estamos num íngreme caminho neste tempo...
Senti como se nós, humanidade, chegassemos ao final deste percurso, bem unidos mãos dadas... Assim seja para todos nós!
Teremos voz outra vez, tenhamos confiança.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos
Demora-se o olhar na ânsia de partir para viagens que só a poesia consente.
Beijos.
Que lindo Árabe!
Dando vida ao mar!
Um beijinho de maresia.
Megy Maia🌈
O isolamento de «As águas sem fim à vista» proporcionaram , enfim, o encontro e o afeto.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
o íngreme caminho das pedras não é um obstáculo para ti Poeta que sabes todas as invocações da liberdade…
Um bom fim de semana com muita saúde.
Um beijo.
Por aqui andei.
Deixei pedra, porventura ínfima
que rolou sem destino.
Terei na persistência do caminhar liberdade?
Muito bom o poema.
Abraço
Quando queremos não há pedra que nos pare.
Imagem e versos num casamento perfeitíssimo!
Valeu!
Beijo.
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