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AMPLAS CLARIDADES
A última folha do Inverno
em pleno voo
cansada de todos os brilhos
libertou-se
quase efémera
num dédalo de luz
Ariadne desvendou os seus contornos
na inocência dos espelhos
celebrou por instantes
amplas claridades
e os barcos
para afagarem a sua nudez
se fizeram ao mar
Eufrázio Filipe
13 comentários:
Adorei ;))
Hoje:- Sou tudo, sou nada. Sou o coração vadio.
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
Um poema muito belo, cheio de luz.
Beijinhos,
Ailime
Muito bonito, e, e a última folha do inverno se libertou pelo cansaço... novas hão-de vir com a Primavera... Bom início de semana
A que sítios irão agora aportar os barcos?
Boa terça-feira!
Efémera... quase sereia... quase mulher...
Celebrando amplas claridades, ainda que por instantes...
Uma construção de uma subtileza interessante.
Beijo, EF.
~~~
O Poeta em mito de amores?
Bom.
Sorte a de Tseu
o que não se perdeu
(por via do fio)
Sorte a dos barcos
mesmo por um instante valeu
Abraço.
E assim se anuncia a claridade da Primavera!
Abraço
Um poema belíssimo.
Abraço fraterno
Gostei muito do seu poema e a fotografia é esse espaço aberto e infinito por onde a efémera folha do Inverno se escapou...
"A última folha do Inverno
em pleno voo
cansada de todos os brilhos
libertou-se
quase efémera
num dédalo de luz"
Há sempre o fundo de qualquer túnel!
Um poema luminoso!
Gostei.
Beijo e bom fim-de-semana.
Sigamos, pois, o Fio de Adriadne na sua trama de luz.
Abraço
Olinda
E o voo e pleno.
Beijo.
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