segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

AMPLAS CLARIDADES






A última folha do Inverno
em pleno voo
cansada de todos os brilhos
libertou-se
quase efémera
num dédalo de luz

Ariadne desvendou os seus contornos
na inocência dos espelhos
celebrou por instantes
amplas claridades
e os barcos
para afagarem a sua nudez
se fizeram ao mar


Eufrázio Filipe

13 comentários:

Larissa Santos disse...

Adorei ;))

Hoje:- Sou tudo, sou nada. Sou o coração vadio.

Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.

Ailime disse...

Um poema muito belo, cheio de luz.
Beijinhos,
Ailime

João Santana Pinto disse...

Muito bonito, e, e a última folha do inverno se libertou pelo cansaço... novas hão-de vir com a Primavera... Bom início de semana

Lua Azul disse...

A que sítios irão agora aportar os barcos?
Boa terça-feira!

Majo Dutra disse...

Efémera... quase sereia... quase mulher...
Celebrando amplas claridades, ainda que por instantes...
Uma construção de uma subtileza interessante.
Beijo, EF.
~~~

Agostinho disse...

O Poeta em mito de amores?
Bom.

Sorte a de Tseu
o que não se perdeu
(por via do fio)
Sorte a dos barcos
mesmo por um instante valeu

Abraço.

Rosa dos Ventos disse...

E assim se anuncia a claridade da Primavera!

Abraço

jrd disse...

Um poema belíssimo.

Abraço fraterno

MJ FALCÃO disse...

Gostei muito do seu poema e a fotografia é esse espaço aberto e infinito por onde a efémera folha do Inverno se escapou...

"A última folha do Inverno
em pleno voo
cansada de todos os brilhos
libertou-se
quase efémera
num dédalo de luz"

Justine disse...

Há sempre o fundo de qualquer túnel!

teresa dias disse...

Um poema luminoso!
Gostei.
Beijo e bom fim-de-semana.

Olinda Melo disse...


Sigamos, pois, o Fio de Adriadne na sua trama de luz.

Abraço

Olinda

Teresa Almeida disse...

E o voo e pleno.

Beijo.