Na minha escarpa
florescem ventos relâmpagos
e gestos
não como são
mas como os vejo
aqui
quase tudo acontece
no pestanejar de uma vírgula
mãos cheias de mar
mais azul
que os céus
voejam metáforas
para dar comer aos pássaros
e assim me deito
nos teus retratos
a fazer versos
ou quase nada
eufrázio filipe
13 comentários:
Versos ou (quase)tudo
pois o (quase) nada
é tanto
Poema que termina com uns versos que adorei: "e assim me deito / nos teus retratos / a fazer versos / ou quase nada".
É um poema para o encontro, que quase chega a celebrar a criação!
Parabéns!
E escreve-se no olhar... na forma como vê o tempo...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Na minha escarpa nada floresce, permanece estéril!
Este azul continua lindo!
Abraço
Uma escarpa mágica, com poderes que só o mar pode conceder.
É nesses pequenos nadas, dos versos onde se deita, que nascem as belas metáforas, onde os azuis céu e mar se unem e se completam.
Obrigada, Poeta, por nos levar nesse lindo sonho azul.
Beijo
Maravilha, as palavras entrelaçam-se com o mar, as aves e a paisagem e no fim não falta nada!
Festas felizes, próspero Ano Novo!
Um abraço.
Das escarpas apenas a projeção do voo.
Local ideal para que o verso se precipite de perplexidade.
Beijos, poeta amigo.
Boa noite, Eufrázio,
Um poema que eu assinaria embaixo.
Um abraço e bom fim de semana.
pedro
No quase nada habita
a poesia tem tudo.
O gesto metafórico escapa
e todo o azul do Poeta vive
a imensidão da/na escarpa.
Tudo de bom, caro Eufrázio.
Vejo profundidade!
Da tua escarpa avista-se o azul de todas as paixões… Maravilhoso, meu Amigo!Que tenhas um Natal de Amor e que 2019 te traga tudo o que mais queres.
Boas Festas!
Um beijo.
Uma escarpa onde floresce excelente poesia.
Bjs
Ailime
Podia não me espantar, afinal há muito que te leio. Contudo, espanto-me sempre e sigo, planando, no efeito poético da geometria que traças com as palavras.
Sempre em azul!
Bjinho
Enviar um comentário