quinta-feira, 10 de maio de 2018

À FLOR DAS ÁGUAS


                                                             Foto de EDUARDO GAGEIRO
                                           

Virtuosa " a vida determina a consciência" 

luta ama despe-se
testemunho de flores
pintadas com os lábios 

em digressão

premonitora de outras paragens
escrita por dentro das palavras
desbrava caminhos transgride
alimenta barcos e gestos
planta árvores no cais
explode à flor das águas

os pássaros (e)ternos 
regressam ao que sempre foram


Eufrázio Filipe

20 comentários:

Julia Tigeleiro disse...

As águas, os barcos e os pássaros em (e)eterna cumplicidade. Tão belo.

Cidália Ferreira disse...

Muito bom!!

Beijo e um excelente dia.

Nataline disse...

Tão giro poema.

Já acompanho o seu blogue há muito tempo e hoje abri o meu próprio espaço onde postarei fotos tiradas por mim, poesias, prosas, mensagens e sentires do coração.
-
https://olharesedeslumbres.blogspot.pt/
-
Vou colocar o seu blogue no meu, esclarecendo que o retirarei de imediato caso assim me seja determinado

Obrigada

Ailime disse...

A vida na ternura das palavras e dos gestos.
Um poema muito belo.
Beijinhos,
Ailime

Thaís Livramento disse...

Quanta leveza nesta alma!!!

Marta Moura disse...

Gostei muito (outra vez). :)

Manuel Veiga disse...

venho agradecer e retribuir o teu abraço
e dizer-te quanto me cálido o teu gesto de amizade

e acrescentar o óbvio - reafirmar o meu elevado apreço pela tua Poesia

espero ver-te em breve.

forte abraço (atrasado)

Graça Alves disse...

Maravilhoso!
Abraço

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...


os gestos que re repetem

e o voo dos pássaros

sempre...

bom fim de semana

beijinhos

:)

jrd disse...

Virtuosa a poesia define o homem e o poeta.
Um forte e fraterno abraço.

Palavra-padrão disse...

Que beleza!!!

Agostinho disse...

Poema como sempre excelente.
Pela desinquietação da ordem e da harmonia do som da preguiça da acostumada racionalidade.

Os pássaros,
antes de o serem já o eram.
Distintos!
Pela melodia dão
forma às coisas,
materializam o mundo:
a árvore e o barco,
o mar e a maré,
o vento e o tempo
que corta as quilhas...
A vida são gestos que habitam
o interior da palavra
libertados do peito do Poeta
e os dispõe na linha do cais.

Abraço.

Graça Pires disse...

Por dentro das tuas palavras também os pássaros transgridem o voo...
Uma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.

Maré Viva disse...

A vida "arrasta-nos", por vezes numa torrente, outras, na calmaria de uma tarde verão, há que seguir o seu ritmo, para chegarmos conscientes à meta.
Um abraço.

teresa dias disse...

Amigo Eufrázio, este poema não é fácil, não!
Vou voltar a ler...
A foto de Gageiro foi muito bem escolhida.
Abraço.

Majo Dutra disse...

Amigo, mais um belo e expressivo poema.
A foto do Eduardo Gageiro é uma obra de arte.
Dias iluminados à flor o mar arável...
Abraço, EF.
~~~

manuela barroso disse...

E tudo seguirá sempre o rumo inconsciente dos abismos !
Belisssimo poema EF!
Beijo!

Teresa Almeida disse...

Mavilhosa digressão da palavra.

Beijo.

Olinda Melo disse...


Sem ela, a consciência, nem os pássaros nos salvariam.

Abraço

Olinda

tecas disse...

«premonitora de outras paragens
escrita por dentro das palavras
desbrava caminhos transgride» A consciência!!!
Sem ela nada sobrevive, poeta Eufrázio.
Adorei. Abraço poético.