segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

AMPLAS CLARIDADES






A última folha do Inverno
em pleno voo
cansada de todos os brilhos
libertou-se
quase etérea
num dédalo de luz

Ariadne desvendou os seus contornos
na inocência dos espelhos
celebrou por instantes
amplas claridades
e os barcos
para afagarem a sua nudez
se fizeram ao mar

Eufrázio Filipe
 

18 comentários:

Arco-Íris de Frida disse...

Apenas luz...

Odete Ferreira disse...

Muito gosto deste apeadeiro!
Desta vez, para mudar de direção ou de estação.
Também preciso de "amplas claridades".
Mais um belo poema a cativar como sereia no mar.
Bjo, amigo :)

deep disse...

Belo, muito belo... a emanar luz. :)

Bj

Marta Vinhais disse...

Sempre a luz....na transparência do tempo...
A esperança...
Beijos e abraços
Marta

Helena disse...

"e os barcos
para afagarem a sua nudez
se fizeram ao mar"

Belíssimos versos!

Ana Tapadas disse...

Um sabor clássico de uma Antiguidade sábia!
Gostei muito.

Beijo

Majo disse...

~~~
Em dias prenhes de luz e brilhos

vibrantes, o Inverno despede-se...

O poema tão belo e sensual como

a mítica Ariadne, deslumbra-nos...
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

~~~ Dias felizes, EF. ~~~

Andre Mansim disse...

Primeira vez que venho aqui.
Achei tudo muito lindo.

Graça Pires disse...

Ariadne: a nudez por um fio...
Um poema muito belo, meu amigo.
Beijos.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

e os barcos se fizeram ao mar com velas brancas...

muito belo!

beijinho

:)

Lucy Mara Mansanaris disse...

Ah que doce e sensível, lindo compor, parabéns!
Grata pelo carinho e generosidade.
Um abraço.

Unknown disse...

Olá, Filipe.
Tão gostoso de ler este poema.
"A última folha do Inverno
em pleno voo
cansada de todos os brilhos
libertou-se..." - quase a senti passar por mim a voar.

um abç amigo

Agostinho disse...

As folhas não enganam a nudez
nem ontem nem desta vez
Pela amplitude dos braços
se mede a claridade do abraço.
BFS, Poeta.

Suzete Brainer disse...

Amplas claridades em caminhos dos barcos!...

Sempre bela Poética...

manuela baptista disse...

e a última folha dobrou-se e fez-se mais um barco ao mar

por amor de Ariadne


um abraço

Ailime disse...

A claridade e o fio do amor, na esperança de que fica.
Belíssimo poema.
Bjs
Ailime

Ailime disse...

Desculpe, queria dizer: na esperança de quem fica. Bj.

lupuscanissignatus disse...

há um clamor na luz, mesmo a que brota dos espelhos