sexta-feira, 10 de outubro de 2014

"UM FÓSFORO NA PALHA"







No limite da luz
debrucei-me para ver
uma flor
soltar pétalas

mover-se
numa lufada de vento
onde se derrama
sem muros nem amos

uma flor de fragâncias
que se atiça
em pleno vôo
nesta pátria desnavegada

Debrucei-me para ver
da minha escarpa
o fulgor da vertigem
"um fósforo na palha"



30 comentários:

VITORIO NANI disse...

Versos carregados de ação e reação.
Enquanto o poeta torce da escarpa pela combustão na palha, vemos dois e não um fósforo a arder em chamas, entrelaçados!
Magníficos versos!
Abraços.
vitornani.blogspot.com

deep disse...

O apelo da vertigem...
Muito bonito. Abraço

Sónia M. disse...

"Um fósforo na palha"

Muito belo!
Beijo
Bom fim de semana

Maré Viva disse...

É preciso saber ver, para descortinar a beleza no desgoverno do caos!
Um abraço.

Andrea Liette disse...

Ressoa como um pequeno verso que tinha guardado :

" O fio do fósforo
descreve um rastro
no obscuro
e prossegue propagando
Luz..."

Um abraço.

manuela baptista disse...

um fósforo na palha

é capaz de incendiar uma floresta

fernando disse...

Senhor Eufrázio Filipe.

- Um Fósforo na Palha -. Isto é Poesia de Primeira.

Parabéns

Jc

trepadeira disse...

Um fósforo na palha e uma lufada de vento.

Abraço,

mário

Rogério G.V. Pereira disse...

fogueemos
no limite da luz

Graça Sampaio disse...

Pudesse eu incendiar esse fósforo...

Arco-Íris de Frida disse...

Um fosforo... uma palha... o caos...

Graça Pires disse...

O fogo que incendeia a vida...
Beijos, amigo.

Palavras soltas disse...

É o que bastava...

Beijo.

Maria Eu disse...

Há incêndios que nem precisam de fósoforo para deflagrar!

Beijinhos Marianos, MA! :)

GarçaReal disse...


Um poema belíssimo...

Um fósforo na palha que podre atear sentires e muito fogo...

Bom fim de semana

Bjgrande do lago

Manuel Veiga disse...

no limite da luz onde o fogo se atiça -

e as pátrias renascem...

ergue-se alto a tua "escarpa", Poeta!

abraço, meu irmão

Majo disse...

~
~ ~ De bom grado, com um fósforo aceso atearíamos a palha que alimenta as alimárias que (des)governam este triste país.

~ ~ ~ ~ Dias agradáveis e inspirados. ~ ~ ~ ~

Teresa Durães disse...

"um fósforo na palha"
na pátria arruinada...

Evanir disse...

Um fosforo na palha é sinal de fogo a vista.
A verdade é a dor que causa em todo o mundo todo desgovernado.
Sem opção para escolha nada vale ,
pois não querem ouvir nossos gritos.
Um feliz final de semana abraços.
Evanir.

Vanessa M. disse...

Maravilhoso poema..
Nos faz ver detalhes tão sutis sob outra perspectiva.. e com uma boa dose poética!

Escreves muito bem.

Um abraço.

Teresa Alves disse...

Dois corpos em combustão e todo o aroma dos versos emerge da poesia cujo tema navega entre a fantasia e a realidade.

Bom domingo.

Marisa Giglio disse...

Lindo ! Obrigada pela partilha . Abraços .

Olinda Melo disse...


Uma pátria desnavegada, uma pátria que não navega. Parada na calmaria, falta de ventos favoráveis, ausência de pensamento.

Abraço

Olinda

GL disse...


E que visão tiveste, poeta?
Apocalipse ou lar?

Queria que o lar ganhasse, mas...

Abraço.

José María Souza Costa disse...

Olá,

Amanhã, é um novo tempo.
Passei para lhe desejar Paz, Saúde e Alegria.
Todo tempo, é de reflexão. E este, nos convida sempre, à reflexão. Sobre o dom da Vida, por exemplo.
Feliz tudo.

Fernando disse...

A atração pelo perigo... a vertigem na poesia. Uma boa semana cheia de flores, sorrisos e ...poesia :)

Justine disse...

A poesia é um fósforo na palha!

ana disse...

Outro que me faz despertar o gosto e encanto. :))

jrd disse...

Palavras como labaredas que incendeiam o poema.

Abraço fraterno.

Odete Ferreira disse...

Como o deslumbramento da descoberta do fogo.
Uma vertigem poética, o poema.

Bjo, Mar :)