sexta-feira, 4 de julho de 2014

" MENINA DO MAR "





                                                    Sophia




Se pudesse dar às palavras
a leveza das cinzas
no sussurro das marés
desmantelaria o Panteão

libertava os vivos
enclausurados
para ficarem mais leves
no mastro das bandeiras

tentaria devolver aos pássaros
as amplas claridades


 

32 comentários:

jrd disse...

Só quem tem um Mar só seu, pode escrever assim sobre a Menina do Mar.
Um poema belíssimo.

Abraço amigo.

Maria Emilia Moreira disse...

Boa noite!
E continuo a encontrar a Sophia em tantos blogs! Ninguém sabe se ela queria tal destino...
Mas a verdade é que esta transladação avivou memórias e talvez tenhas despertado novo leitores...quem sabe?!
Um abraço

Graça Pires disse...

Belíssimo poema. A Sophia, afirmo, continua a viver no coração dos que a amam em todas as vertentes da Mulher-Poeta-Cidadã que foi.
Um beijo.

ana disse...

Uma maravilha.
Parabéns pela bela homenagem.
Bom dia. :))

Rosa dos Ventos disse...

Era mesmo "uma menina do mar" a magnífica Sophia!
Belo poema!

Abraço

trepadeira disse...

Libertava os vivos para que possam gritar.

Abraço,

mário

Majo disse...

~
~ ~ Uma homenagem justa e assertiva!

~ ~ Cantou o mar e a liberdade como ninguém!

~ ~ Que bem teria ficado nele, com ele e com ela.

~ ~ ~ ~ Abraço. ~ ~ ~ ~

Odete Ferreira disse...

Mais do que uma homenagem, este poema revela a vontade de haver almas eternamente livres e clarividentes!
Ao ler, fiquei com uma comichão irritadiça: a par da transladação (e, a meu ver, do circo montado), vêm os mesmos retirar o estudo das suas obras no secundário...
Parabéns pelo poema, Mar.
Bjo

Agostinho disse...

Num poema magnífico a solução para o Panteão.
Não ponham pedras na Sofia.

Tétisq disse...

as palavras dão-nos asas :)

Unknown disse...

Precioso!!!!! Saludos. :)

Fê blue bird disse...

Um poema libertador de palavras e de mentes. Maravilha!

beijinho

Graça Sampaio disse...

Concordo mil vezes! (Mais uma hipocrisia à portuguesa...)

Manuel Veiga disse...

há de facto que libertar os vivos - a "Menina do Mar" é eterna...

um belíssimo poema e uma bonita homenagem.

Abraço, meu caro Poeta.

Lídia Borges disse...

"Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!"

Sophia de Mello Breyner

Beijo

Reflexo d'Alma Fase 2014 disse...

Lindo poema.
Bjins e belo domingo.
CatiahoAlc./ReflexodAlma

Marisa Giglio disse...

Que bela partilha ! Obrigada . Beijos

OUTONO disse...

Uma poesia sempre presente!

Isa Lisboa disse...

Vão-se fazendo claridades aos poucos, em memórias como as de Sophia e como as dos que a precedem.

JANE GATTI disse...

Graças a você e a Maria Emília, fui em busca de Sophia, a quem não conhecia. Viajei em seus versos, encantei-me com a Menina do Mar. Embora desnecessárias as informações para degustar seu poema, auxiliaram-me no aprofundamento da leitura. Obrigada por momentos tão agradáveis. Boa semana.

Olinda Melo disse...


Uma Menina do Mar sempre menina, eternamente, que gostaria talvez de se manter junto ao mar, à terra escura, às árvores,às flores, ouvindo o gorjeio dos passarinhos...

Abraço
Olinda

Armando Sena disse...

Premonição da liberdade eterna.
E porque não?
abraço

Rita Freitas disse...

Um belíssimo poema de alguém com uma leveza de espírito.

Abr

Penélope disse...

De uma intensidade como o próprio mar e de uma leveza como a própria LIBERDADE!!
Belo. Nada mais...

www.euflordealfazema.com

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde,
Linda homenagem à mulher inteligente e solidaria que sabia escrever poemas lindos com mensagens muito profundas.
Abraço
AG


http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

Justine disse...

E olha que seria uma boa acção!!!

Ailime disse...

Absolutamente extraordinário o seu poema de homenagem à enorme Sophia!
Palavras e sentimentos com asas!
Bj
Ailime

Lilá(s) disse...

Como gosto de Sophia! foram muitos os cenários que pintei para a concretização de peças de teatro da menina do mar e outras.
Bjs

Pérola disse...

Que poema tão apropriado quando remexem nos restos físicos da nossa grande mulher e escritora.

Beijinhos


Vénus S. disse...

Sophia habita eternamente no "panteão" da nossa memória. Belo poema! :)

tb disse...

e ela agradecia secundando...
Bela homenagem poética.
Abraço.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

homenagem à Sophia que amava o mar como ninguém e usava as palavras muitas vezes como arma....

:)