sábado, 1 de fevereiro de 2014

SE TIVÉSSEMOS UM BARCO



                                            Esta bela imagem é propriedade do fotógrafo
                                                                             Luis Rodrigues   




O mar
já nos tinha entrado pelo corpo
num abraço de limos
 
com bandeira e sangue
de cores lúcidas
 
Nesta ilha
se tivéssemos um barco
 
ai se tivéssemos um barco
 
seria inútil
 
Seremos como somos
onde estamos
 
 
 

32 comentários:

Maria Eu disse...

Mas deixar o mar abraçar-nos pode ser melhor do que ter um barco!

Beijinhos Marianos,MA! :)

Rosa dos Ventos disse...

E com o mar no corpo para quê um barco?

Abraço

Rogério G.V. Pereira disse...

Seremos como quisermos
onde estamos

Laura Santos disse...

Um barco já não serviria de nada; o mar tinha tomado conta de nós numa envolvência de limos.
Belo poema!
xx

anamar disse...

Seremos o que nos apeteça e deseje,

na ilha ou em qualquer outro lado.

Carpe diem... :)

Beijinho e bfs

teresa dias disse...

Adoro o mar, adoro, adoro!
Já de barcos...
O que interessa é que com poucas palavras criaste um poema lindo, lindo.
Bom fim-de-semana.

Sónia M. disse...

Evitar o naufrágio, permanecendo onde se está, sendo o que se é...
os que assim o conseguem. Os que não, avançam mar adentro num barco de papel.

Beijos

je suis...noir disse...

Adoro o poema como sempre:)
Bom fim de semana!

ps: Desculpe Eufrázio, mas pedia-lhe para identificar a foto. Se a encontrou no meu blogue tem lá a quem pertence;)

mariam [Maria Martins] disse...

ou a inevitabilidade do sermos...
Gostei muito.
Beijinhos :)
mariam

Anónimo disse...

Feitos, seremos os mesmos, só que em outro lugar, o que eu acho muito bom, pois suas metáforas continuarão belíssimas:)

Beijo.

manuela baptista disse...

tivemos muitos barcos,
e somos o que somos

Mar Arável disse...

Je suis noir

Admito que a foto sejas sua
mas não consigo comentar no seu blog

GL disse...

A ilha não nos permite escapatória. Esse é o drama maior.

Bom Domingo.

Marta Vinhais disse...

Navegaríamos para outro lugar?
Ao encontro de nós próprios? Precisamos de deixar a segurança da ilha....
Gostei muito....
Espero uma visita sua..
Beijos e abraços
Marta

Arco-Íris de Frida disse...

Se ja somos mar... para que barcos?

Ana Tapadas disse...

Saberemos navegar, ainda? (...nem sequer temos barco.)

bj

Bandys disse...

Um mar sem barco para que as ondas lambam os corpos.

beijos

jrd disse...

A poesia flutua na crista da onda.

Abraço

Manuel Veiga disse...

para quê os barcos quando a ilha tem a dimensão do universo?

abraço, poeta. meu irmão

Janita disse...

Com o mar no corpo para que precisariam de um barco solitário, em alto-mar?

Um beijo!

Justine disse...

Ah se eu tivesse um martelo :-))

Lídia Borges disse...


Se tivéssemos um barco teríamos de o empurrar até uma pequena mancha de azul, do lado de lá das ilusões.


Um beijo

Suzete Brainer disse...

No (a)mar ilhado não necessita

de navegar com o barco,

há raízes mais profundas

e belas em permanecer...

Belo poema e a imagem luminosa!

Bj.

Olinda Melo disse...


Permanecermos em nós seja qual o lugar, é uma excelente mensagem. A ilha deixa de ser ilha, extravasando para além dos nossos limites.

Boa segunda-feira, caro Mar.

Abraço

Olinda

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde,
sentir a agua do mar no nosso corpo é maravilhoso, quando ele nos abraça com ternura a nossa alma fica fresca e mais criativa.
Abraço
ag

ana disse...

Belíssimo. A irredutibilidade de ser.
Gostei dos últimos poemas.
Abraço. :))

Lilá(s) disse...

Eu adoro o mar mas, dispenso o barco...
Bjs

Ailime disse...

Lindo! E temos tanto...mar! Bj Ailime

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

nem sempre o barco salva o náufrago

:)

Maria do Sol disse...

Saudade do mar...tanta!

marlene edir severino disse...

A posse do barco, nada mudaria.

Mas o mar já corria em nossas veias.

Lindíssimo!

Abraço, poeta!

Canto da Boca disse...

Seriam abraços e limo, e basta!


;))