terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

SEM MUROS NEM AMOS (2)







Um vaso de barro
exibia estrelícias
a crescerem minguadas
na boca das sementes
desapercebido
do espaço exíguo
onde viviam

parecia incólome
no conforto do jardim

até as flores se desnudarem
das cores
estilhaçarem grilhetas
e sereníssimas
habitarem o chão

sem muros nem amos


 

38 comentários:

Branca disse...

Somos flores em potes de barro, sedentas de habitarmos o chão, "sem muros nem amos".

Beijinhos

deep disse...

"sem muros nem amos"... assim queremos que sejam os nossos dias. :)

Lídia Borges disse...

Rasgaram amarras e foram cor e brilhos de novos amanheceres.

Gosto tanto!


Um beijo

Anónimo disse...

O belo improvável é sempre tão mais belo que até a natureza abre passagem.

trepadeira disse...

Como tudo deve ser,"sem muros nem amos".

Um abraço,
mário

AC disse...

Os muros, quaisquer que sejam, cerceiam sempre a liberdade...
Sempre pertinente!

Abraço

Anna disse...

Tão livre e tão serena, como deviam ser todas as mortes...

Beijo

mfc disse...

Poder-se ia dizer que... "a liberdade está a passar por aqui..."!

jrd disse...

Nuas e livres.

lino disse...

Temos de romper os muros e escorraçar os amos!
Abraço

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

como tudo devia ser.

sem muros nem amos.

poema tão actual e tão bonito.

beijo

Isabel disse...

Sempre a liberdade...
Que as amarras impedem de viver.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Estrelícias em exíguo espaço, vaso, só podiam acabar mortas no chão.

A liberdade é essencial.

Beijo

Maria Campos disse...

"Sem muros, nem amos".
Como todos deverámos ser, como todos deveriamos estar...

Mª João C.Martins disse...

Para desconforto de muros e amos, são as flores que habitam o chão.

Um beijinho

Manuel Veiga disse...

flores selvagens - puras e belas. livres...

abraço

Rogério G.V. Pereira disse...

Para que nada nos pareça incólome
no (des)conforto deste jardim (à beira mar plantado)

sejamos os cravos
que já empunhámos

ana disse...

As estrelícias perecem entre as amarras!
Liberdade?
Bj.

Anónimo disse...

Só com a morte seremos totalmente livres.

jorgil disse...

Lindo poema! Ainda estão por abrir as pétalas da liberdade!

OceanoAzul.Sonhos disse...

Belo! liberdade serena...

abraço
cvb

Fá menor disse...

Um tapete de flores... para nos amortecer as passadas. Isso é que era!

Elvira Carvalho disse...

Sem muros nem amos é o sonho de todas nós.
Um abraço

OUTONO disse...

...pleno!

Sara disse...

Concordo em absoluto: com muros e amos crescemos minguados. E aqui está a prova de que "estilhaçar" nem sempre significa destruir, bem pelo contrário.
Gostei imenso.
Um abraço.

George Sand disse...

Lindas e raras, as flores que habitam, verdadeiramente o chão...fantástico poema.

António Gallobar - Ensaios Poéticos disse...

E... as palavras soltam-se como pétalas que caem... sem muros nem amos onde
"
até... as flores se desnudarem
das cores
estilhaçarem grilhetas
e sereníssimas
habitarem o chão "

Maravilhoso poema

Maré Viva disse...

Sem muros, nem amos, nem grilhetas, assim se querem as pessoas e os amores.
Belo poema!
Bjs.

Justine disse...

Um dia nos libertaremos do vaso de barro!

R. disse...

Uma bela metáfora para a necessidade de nos libertarmos dos inúmeros grilhões que nos constrangem.

Um abraço.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

As palavras servem de tempero à vontade de crescer e jorrar em liberdade.

Abraço

Bom fim de semana

Pata Negra disse...

Passei por aqui para ler um poema e li-o! Desta vez não vou partir o vaso de barro, vou-me entre muros, o meu amo chama-me.
Um abraço a caminho da cozinha

manuela baptista disse...

um vaso de barro

metáfora de um desejo de estilhaço

porque crescer, é esbracejar


eu nunca saberia falar da liberdade assim deste seu jeito

um abraço

manuela

quanto pesa o vento? disse...

tranquilo, sereno e inspirador.
abraço.

Licínia Quitério disse...

Será esse o dia da mulher-estrelícia. Gostei tanto!

Graça Sampaio disse...

Muito bom! Ode à liberdade!

Canto da Boca disse...

A liberdade é sempre uma flor que brota cheia de beleza!

Filoxera disse...

Na liberdade do seu descanso...
Bom fim de semana!