Tinhas um quase deus escondido
no oráculo das mãos
todos os azuis descompassados
à hora incerta das marés
e foi assim que acordaste
sentada no cais
a celebrar o único barco
que se fez ao mar
para te prender ao voo dos pássaros
e foi assim que soletraste
os miríficos relâmpagos
floriste em concha
soltaste areias por entre os dedos
até o vento desgrenhado
te afagar as tempestades
33 comentários:
Tudo é possível, quando o poeta é vento e mar...
Muito bom!
Abraço
Belíssimo!
Um abraço
fiquei ali no cais,
olhando nas marés tuas palavras
deitadas sobre as ondas do mar...
Belo !
Beijinhos
[quantas as margens do mar, para que todo o vento aconteça? quantas as praias, onde o voo se adormeça? tantas, possibilidades, tantas]
um imenso abraço,
Leonardo B.
"até o vento desgrenhado
te afagar as tempestades"
É belo de ler e de ouvir...
Mas diz-me poeta:
Quando será que tal vento
repetirá esse afagar
em suas serenas bonanças?
E é sempre assim que eu fico, aqui...
como num cais, a celebrar o último barco.
Um beijinho
Belísssimo! Um poema de amor e liberdade.
Um beijo, amigo.
quando, de intemporais, as tempestades se tornam bonanças.
Em tempos de regresso, uma visita para constatar mais um bonito poema, com o mar sempre presente.
Beijos
Como sºao belos os azuis descompassdos...
Fica bem.
Palavras para quê?
Abraço
... lê-se de um ritmado fôlego com o coração (oráculo) nas mãos e pedindo mais tempestades destas.
Adorei esse «vento desgrenhado que afaga tempestades».
bjs
Esta imagem, a do vento desgrenhado, é magnífica. Verdadeiramente estimulante da nossa capacidade imagética. Antecipo lembrar-me dela em dias (ou noites) de ventania.
Obrigada e um abraço!
PS: Obrigada pelo comentário que deixou a propósito do "Elogio del Horizonte". Um verdadeiro poema em três versos, devo dizê-lo.
O quanto gosto destes trabalhos, tão despojados de artificialismos.
Meu bom amigo, os seus poemas são ventos alísios aos sentidos de quem o lê. Fazem acreditar no lado bom, generoso, do ser humano.
Abraço saudoso
Mel
Belo.
A imagem bafejada do vento foi muito bem escolhida.
O vento arrasta a espuma do
mar
em concha florescem as algas.
Abraço. :)
Encantadora a harmonia que atravessa a desordem...
[gosto sempre deste travo a tranquilidade!]
Um abraço
*
desgrenhado,
fiquei ao ler este poema,
e sem vento . . .
,
conchinhas,
,
*
________________________________
...bonito!
" tinhas um quase deus escondido no oráculo das mãos..."
Beijos de luz e o meu carinho!
________________________________
A natureza encerra, em si mesma, a sabedoria dos melhores antídotos.
Um abraço.
na simplicidade despojada de um poema a mestria pura das palavras.
Perfeito!
Olá,
gostei muito - e o vento desgrenhado disse-me: temos poeta!
;0)
Muito bonito!
Beijinhos de sol*
O amor nasce de um beijo, cresce de um sorriso, alimenta-se de um carinho e ressuscita de um perdão."
Uma boa semana
Bjs com carinho
E foi assim que se fez um tempo e um momento singular em que o desalinho era afinal a vida toda a acontecer.
Muito bonito, tal como os outros de que estou a gostar imenso.
Obrigada,
Branca
Os elementos como forma de realçar ...
"até o vento desgrenhado
te afagar as tempestades"
:)))
Há sereias assim, apaixonadas e musas inspiradoras!
Abraço
Um canto à ousadia de ser, de se cumprir como destino...
Belo!
Abraço
Poesia "desgrenhante" e desconcertante...
Olá Eufrázio, também a mim me trouxeram os ventos, a este cais seguro de poesia azul.
Gosto muito desta imagem que deixas
"e foi assim que acordaste
sentada no cais
a celebrar o único barco
que se fez ao mar
para te prender ao voo dos pássaros."
Magnifica.
Um abraço.
Retribuo a visita ao meu blogue, e como gostei do que li aqui, fiquei;)
Um poema intenso,cheio de azul e mar
beijinhos
os ventos desgrenhados amaciam os incêndios...
abraços
Ali sentada, depois de sabido o único barco, quando o mar parecer chama, o vento virá e o teu cabelo será seda de novo.
Tão bonito, Poeta.
Aragem com sabor a maresia...
Enviar um comentário