terça-feira, 14 de setembro de 2010

CLARIDADES

publicado no "Que fizeste das nossas flores"



Os objectos movem-se
nas paredes da casa
enquanto a luz vertebrada da vela
se consome em babas de cera

porque somos frágeis como o cristal
e por vezes mais fortes que o seu brilho

Nas cabeleiras deste lume
ardem palavras de sonho

mas não as suas claridades

44 comentários:

José Carlos Brandão disse...

Porque somos frágeis e porque as palavras ardem.

Rogério G.V. Pereira disse...

Leio e releio o poema
Mergulho nele
Reformulo seus versos
para o sentir e sinto
que somos frágeis como o cristal
e por vezes mais fortes que o seu brilho

Não vislumbro porque o poeta me diz ser inevitável que
ardam palavras de sonho

será por sentir intensa
a ausência das suas claridades?

Sônia Brandão disse...

Em nossa fragilidade nos consumimos como essa vela.

abs

Cristina Torrão disse...

"porque somos frágeis como o cristal
e por vezes mais fortes que o seu brilho". Há quem tenha dificuldade em descobrir o seu brilho... E fica eternamente frágil.

Genny Xavier disse...

Versos repletos de luz e sombras...assim, iluminamos nosso brilho diante da sutil penumbra de nossas fragilidades...
Beijos.
Genny

jrd disse...

Lindíssimo!
Palavras como chamas.

Anónimo disse...

Sempre que passo por aqui, leio os inéditos para meus olhos e sempre receio comentar, porque parece-me que ao fazê-lo crio um hiato, uma frequência estranha aos teus versos.
Mas ao mesmo tempo se leio e sito, vejo-me em débito, por teres criado esaatmosferatão envolvente.
Obrigada, eis o que me ocorre.

lino disse...

Belo!
Abraço

Lídia Borges disse...

As oposições - sombra e claridade;fragilidade e força; sonho e realidade a darem corpo a este belo poema.


Um beijo

ana disse...

as palavras
jazem fósseis...

(sorriso):)

"Que fizeste das nossas flores" é um livro?

Há.dias.assim disse...

é a fragilidade que mora dentro de cada um de nós...

Mar Arável disse...

Ana

Parece que sim

Disse-me a editora

anamar disse...

Beujinhos, mar de palavras doceis...

.))

hfm disse...

Quando as palavras são a claridade.

Graça Pires disse...

Somos tão frágeis e tão fortes quanto as palavras com que dizemos o sentimos. Belo poema, amigo.
Um beijo.

Licínia Quitério disse...

Não ardem as claridades. Não podem arder.

Belo, Poeta.

Nilson Barcelli disse...

Os sonhos alumiam sempre.

E somos mais frágeis quando os sonhos se apagam.

Fá menor disse...

Visualizei a cena:
a luz da vela que faz mover os objectos.
E sonhei palavras
mas o brilho das tuas era mais forte.

Bjos

Sensualidades disse...

lindissimo

Beijos
Paula

Graça disse...

... e quando as palavras ardem...

Beijo

Ana Luar disse...

As palavras tem esse dom..esse verso e reverso de se clarearem

mdsol disse...

"porque somos frágeis como o cristal
e por vezes mais fortes que o seu brilho"

Ameiiiiiiiiiiii

:)))

Joaquim do Carmo disse...

Como nós, a vela quereria sonhar não consumir-se, ser claridade(s)!
Abraço

Gabriela Rocha Martins disse...

....e mais não somos do que resistentes cotos de velas.......


.....todavia
enquanto tal!

.
um beijo

R. disse...

Felizmente há 'claridades' perenes, que nunca se extinguem.

Branca disse...

Genial, mesmo! Poesia que faz arder a alma!
E eu quero saber desse livro.
Sem falsos elogios, todos sabem que não fico com todos os livros, são caros,:)) e ando com falta de inspiração, preciso de mestres... :))

Beijos
Branca

ana disse...

Parabéns!
Vou procurar este livro. Vai surpreender-me como sempre que entro aqui.

Flores
uma aqui
outra ali
aqui...


:)

Mª João C.Martins disse...

Frágeis... sem dúvida!
Mesmo dentro de todas as claridades.

Um beijinho

MAR disse...

Todo tiene su principio, todo tiene su final, pero en energía el amor y la paz son eternos.
Besos para ti.
mar

Mel de Carvalho disse...

Eufrázio, meu bom amigo,
de uma vida, ficam, as paredes da casa, desabitadas. E as obras dos homens, perpetuadas em claridades que, de estradas feitas, farão mais livres, mais largas, e mais claras outras estradas.
Assim, sempre,inconfundíveis, as suas palavras que sei residem espelhadas límpidas, no fundo de duas lagoas de um mar maior.

Bem-haja.
(E este era um livro que eu tanto gostava de ter... )

Abraço, grata.
Mel

Sara disse...

O que me maravilha e espanta na natureza humana é esta bipolaridade de estados: a fragilidade e a resiliência de que somos feitos, considerando sempre os vários matizes entre os dois pólos, que compõem a diversidade que também nos é intrínseca.

Bom fim-de-semana!

Mateso disse...

Claras palavras na cera do sentir.

Ana Paula Sena disse...

Belo!

Um jogo de luz e de sombra muito bem recriado.

Um abraço

M(im) disse...

e quando a luz arde sem chama?...
Magnífico

Sol no Coração disse...

Olá,

muito bonito!Palavras soltas e cheias de claridade.

Grata pelas visitas!;0)

Um beijo e bom fim de semana*

PRECIOSA disse...

Estou encantada com sua escrita...
Tens o dom divino de um poeta..
Parabéns, tenhas sempre o branco do cristal e a dureza de um diamante....
Te sigo com carinho, se permites estarei sempre passeando nesse espaço de ternura...
Abraços.
Preciosa Maria

luís filipe pereira disse...

Belíssima construção poética: no chiaroescuro se tecem com palavras em chama a nossa comunial fragilidade.
grato pela partilha,
luís filipe pereira

Manuel Veiga disse...

poema belíssimo.em timbre de cristal.

vibrante e nitido. como a chama das bandeiras. rubras...

abraços, Poeta

JB disse...

Estou de regresso e sem dúvida que "porque somos frágeis como o cristal" os nossos movimentos, atitudes, têm de ser concretizados com o brilho da luz, mesmo que seja necessário atravessar as sombras.

Abraço!

PRECIOSA disse...

Estarei sempre navegando em seu mar.
Espero tbm que me sigas, pois assim não perdemos o contato dos poemas que saem da alma...
Ótima semana para tí e para os seus

Fiquei muito feliz com sua visita em meu blog...
Preciosa Maria

Anónimo disse...

Os seus poemas
são como que
oásis no deserto
Belos, deliciosos...
necessários
a quem procura
algum conforto
ou mesmo um abrigo
no indizível
"...ardem palavras de sonho..."
mas nunca
os sonhos sentidos
perto das cabeleiras
desse lume!!!...

princesa

Anónimo disse...

a seda das palavras é um tecido apetecível ao olhar... beijinhos*

Gabriela Rocha Martins disse...

assim vou (des)tecendo o poema em claridades que se me ofuscam



.
um beijo

tb disse...

que façamos das fraquezas forças. Abraço