Eu sei o teu rosto de areia
transportado pelo vento
um trono vazio
onde convergiam todas as utopias
por isso te ergui aos céus pelas ancas
antes de nos tornarmos invisíveis
e adormecermos como é costume
a dançar nos mais profundos silêncios
Eu sei o teu rosto litoral
esculpido como deusa
agigantar-se nas minhas bandeiras
Ainda hoje me deito nos teus retratos
e assisto ao parto das papoilas
que por instinto crescem
na palma das nossas mãos
Que bela a centelha que respira no espaço
a sombra projectada
nas paredes da casa
16 comentários:
Obrigado pela visitinha.
Votos de um bom fim de semana.
Beijinhos
amei o doce tentilhar das palavras que deu enlevo a um sentimento ;)
lindas palavras....
bom fim de semana
Extraordinariamente bem conseguido este poema.
Sabes, gosto de ler poemas com a magia e o suporte deste, especialmente quando a pena é agitada por um homem e lhe regista os traços da vontade.
Adorei!
Beijinhos.
Que lindo poema de saudade!
As imagens são belíssimas!
beijos, bom domingo.
Obrigado pelo que disse no meu blog.
Este seu poema é muito bom.
Um abraço
Ainda hoje te respiro
D. Galinha
das sombras:
uma sombra alada
liga a outra:
os.corpos.con.fundidos.de.mão.dada.
Quanta sensibilidade....
É lindo, o poema...
Um abraço
Espero que não te importes que tenha "roubado" um poema teu...
Bj :-)))
Gostei muito do poema.
uma boa surpresa (re)ler o Eufrázio Filipe poeta! aqui. e que excelente poeta...
Gosto desta intensidade vestida de brandura, Poeta.
Subscrevo o que disse o Veira Calado. Cumprimentos
Gosto dos teus poemas...
Retribuo os votos de bom regresso enquanto navego docemente pela poesia ...
BolAbraço
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